#ILikeYouLike: A matemática não é um bicho de sete cabeças e Inês Guimar&a
💥️A matemática é mesmo um bicho de sete cabeças? Inês Guimarães acredita que não. Através do canal de YouTube MathGurl começou a partilhar com o mundo uma forma diferente de olhar para esta área científica, numa missão que hoje continua como embaixadora da Associação para o Ensino da Computação (ENSICO).
Ao ysoke TEK, a jovem conta que 💥️a sua dedicação pela matemática começou quando ainda estava na escola, desafiada por um professor na altura em que estava no 7º ano. Mais tarde, entre treinos e participações nas Olimpíadas da Matemática, Inês continuou a seguir esta área no secundário e mais além, consolidando as suas competências durante a licenciatura e mestrado.
Já a ideia de criar um canal de YouTube surgiu quando estava no 12º ano, numa altura em que se estava a sentir um pouco desanimada com o seu desempenho nas Olimpíadas de Matemática. 💥️“Pensei que, se calhar, não tenho jeito propriamente para a matemática teórica, mas eu já aprendi tanta coisa ao longo destes anos que quero partilhar isso com as pessoas”, reconta.
Por outro lado, Inês também 💥️sentia que não tinha alguém com quem falar sobre matemática e que os seus colegas não estavam propriamente muito interessados em discutir este tipo de conceitos mais avançados.
Com a ambição de encontrar outras pessoas que tivessem o mesmo gosto por matemática e que pudessem tirar partido das ideias que tinha para partilhar, Inês decidiu dar o “salto” para o YouTube. 💥️“Foi sobretudo para divulgar a matemática e mostrar às pessoas que a matemática pode ser divertida, que existe matemática fora da escola, que é super interessante e para me conectar com mais pessoas”, afirma.
Mas como é que se desmistifica a matemática? A criadora de conteúdo realça a importância de ter uma abordagem mais humana. 💥️“Sempre que nós comunicamos em geral nós temos de nos lembrar que quem está do outro lado é uma pessoa”, detalha. “É um ser humano que tem emoções, não é um robot, portanto nós temos de comunicar com esse objetivo”.
“Embora a matemática seja uma área rigorosa e formal, eu acho que o primeiro passo é nós falarmos de matemática como falamos de outra coisa qualquer”, afirma Inês Guimarães.
Nas suas palavras, 💥️para tornar a matemática “um pouco mais humana e mais interessante” é necessário tirar toda a carga negativa, além dos preconceitos que existem em torno da área científica, deixa as pessoas mais stressadas, nervosas e com receio de não conseguirem aprender.
Embora admita que, quando criou o canal não estava à espera sequer de ter visualizações, 💥️Inês conta que o feedback acabou por receber superou as suas expectativas. “Nunca foi o meu objetivo ter muitos seguidores…eu não ligava nada a isso! Divertia-me a fazer vídeos no meu tempo livre e mesmo que ninguém os visse já me sentia contente, porque era uma coisa que me dava mesmo prazer fazer”.
Mas, com o passar do tempo, o canal foi crescendo em popularidade, com o número de seguidores a subir.💥️ “Foi mesmo uma surpresa para mim”, admite a criadora de conteúdo. 💥️“Foi muito gratificante sentir que estava a contribuir nesse sentido, de mostrar que a matemática, de facto, é uma área linda e fascinante”.
Do YouTube para o ensino da computação
Embora o canal no YouTube tenha passado um pouco mais para segundo plano, Inês Guimarães 💥️continua a desmistificar a matemática e a mostrar o lado mais divertido da área científica, desta vez como embaixadora e colaboradora da ENSICO, participando numa variedade de iniciativas e atividades junto dos mais novos.
Como explica, um dos grandes objetivos da ENSICO é 💥️“implementar o ensino da computação nos 12 anos da escolaridade obrigatória em Portugal, porque achámos que este é o momento e a oportunidade de lançar novos desafios e colocar novas ambições aos nossos jovens”.
“💥️A computação está, realmente, em toda a parte e saber computação é benéfico seja qual for a área que uma pessoa seguir, porque a tecnologia veio para ficar e é necessário nós compreendermos como é que ela funciona e não sermos meros utilizadores”. Compreender como funciona a tecnologia é também essencial para a conseguirmos utilizar “de forma benéfica e responsável”.
Para Inês, 💥️a colaboração com a ENSICO, onde faz parte da equipa de criação de conteúdos que está a desenvolver um programa para a computação “tem sido uma aventura muito interessante”. “Os alunos estão a adorar e aquilo que me dá mais prazer é criar os conteúdos”, conta.
Além das atividades desenvolvidas com a Associação, 💥️há dois anos, a jovem começou a fazer vídeos para os manuais escolares da LeYa: "Os alunos têm um manual digital e têm os recursos digitais e alguns deles são vídeos que eu faço sobre certos tópicos".
Apesar de admitir que ainda não tem grandes planos para o futuro, em particular, para os vídeos no YouTube, uma vez que, com o trabalho, acaba por não ter tanto tempo para se dedicar à produção desses conteúdos tão regularmente, 💥️“divulgar a matemática enquanto tiver essa possibilidade” será sempre um dos seus grandes objetivos.
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