App 'anti-incesto' e chat secreto: 5 apps usados para funções incomuns
Aplicativos costumam facilitar a vida das pessoas e proporcionar entretenimento na palma da mão. Contudo, usuários podem ir além da proposta inicial dos serviços e utilizar os apps para funções inusitadas. App de genealogia consultado para evitar incesto, texto no Google Docs usado como sala de bate-papo secreta e vender clipes pornográficos pelo Snapchat são exemplos de ocasiões em que os apps foram apropriados pelos usuários com finalidades diferentes da proposta pelos fabricantes. Confira a seguir cinco situações em que aplicativos foram usados de maneiras inusitadas.
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1 de 5 Usuários inovam e utilizam aplicativos de maneira diferente — Foto: Luciana Maline/TechTudoUsuários inovam e utilizam aplicativos de maneira diferente — Foto: Luciana Maline/TechTudo
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1. App de genealogia permite evitar incesto na Islândia
O aplicativo ÍslendingaApp SES foi desenvolvido a partir de uma competição realizada pelos proprietários do site Íslendingabók (em português, "O livro dos islandeses"). O objetivo inicial do app era descobrir a ligação familiar entre os cidadãos da Islândia a partir do banco de dados da pesquisa de genética médica do projeto Íslendingabók.
Entretanto, o aplicativo conta com um recurso "extra" para os usuários verificarem se apresentam algum parentesco próximo entre si. A ferramenta foi apropriada pelo público para descobrir se algum parceiro romântico em potencial seria da mesma família. Quando dois usuários possuem uma conexão familiar, o aplicativo emite um "alarme de incesto" para avisar discretamente às duas pessoas sobre o possível incesto.
2 de 5 ÍslendingaApp SES permite que usuários toquem celular entre si para descobrir possível incesto — Foto: Reprodução/SadEngineerStudiosÍslendingaApp SES permite que usuários toquem celular entre si para descobrir possível incesto — Foto: Reprodução/SadEngineerStudios
2. Simsimi é usado para enviar mensagens de ódio
O aplicativo Simsimi é um aplicativo de conversação em que o usuário interage com um personagem com forma de emoji e controlado por meio de inteligência artificial. O boneco consegue aprender com as respostas dos usuários e, assim, aumentar sua base de dados para bate-papo. Usuários passaram a relatar em 2018 que as conversas poderiam assumir tom de violência e apelo sexual justamente devido ao aprendizado do sistema com as interações com humanos.
O app chegou a ser suspenso no Brasil por suspeita de cyberbullying. Em comunicado, a empresa explicou a decisão: “Parece que alguns usuários brasileiros têm ensinado respostas maliciosas a SimSimi recentemente. A maioria do teor dessas respostas é de ameaças, como assassinato ou sequestros, de crianças ou suas famílias”.
3 de 5 O SimiSimi pode conter diálogos não apropriados para crianças — Foto: Reprodução/Anna Kellen BullO SimiSimi pode conter diálogos não apropriados para crianças — Foto: Reprodução/Anna Kellen Bull
3. Adolescentes criam salas de bate-papo secreto no Google Docs
O Google Docs é um aplicativo para edição de textos semelhante ao Word, e é conhecido por permitir o compartilhamento online de documentos para escrita colaborativa. Estudantes americanos aboliram a velha prática de passar bilhetes em sala de aula para se comunicar com colegas pelo software de produtividade.
Os alunos acessam a Internet com notebooks fornecidos pelo colégio e compartilham um texto pelo Google Docs com amigos para driblar a censura da rede escolar, que impede acessar sites como redes sociais e mensageiros. Assim, é possível criar uma espécie de "sala de bate-papo" e trocar mensagens por texto corrido. O recurso também é utilizado para enganar os pais. Os alunos abrem o programa quando vão fazer o "dever de casa" e conversam com os amigos sem que os pais saibam.
4 de 5 Snapcash permite enviar dinheiro a contatos via chat — Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudoSnapcash permite enviar dinheiro a contatos via chat — Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo
5. Streaming de filmes piratas no Google Drive
O Google Drive é conhecido como um serviço de armazenamento de arquivos na nuvem e compartilhamento para guardar materiais do trabalho ou faculdade. Entretanto, o aplicativo já foi empregado por usuários para realizar o streaming de filmes piratas.
Segundo análise do site de tecnologia Gadgets360, estúdios cinematográficos fizeram quase 5 mil solicitações ao Google de remoção de conteúdo pela lei de Direitos Autorais em agosto de 2017. Em comparação, o portal relava que, no mesmo período, foram feitos cerca de 100 pedidos do mesmo tipo ao MEGA, e 12 ao Dropbox.
5 de 5 Google Drive não permite abrigar conteúdo pirateado — Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudoGoogle Drive não permite abrigar conteúdo pirateado — Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo
O Google já se pronunciou sobre pirataria em produtos da empresa e criou várias ferramentas para minimizar a prática, como permitindo informar violação de direitos autorais por meio de formulários online. A plataforma também conta com um recurso que compara o conteúdo enviado com um banco de dados de material protegido por direitos autorais.
Via The Verge, The Atlantic, Business Insider e Mashable
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