Ataques com pornografia diminuem no PC, mas dobram vítimas em celulares
Ataques hackers que usam pornografia como isca diminuíram 40% no computador, porém, mais que dobraram no celular. A constatação é de um estudo da Kaspersky comparando os números de 2023 com os de 2018. Segundo o levantamento, a quantidade de vítimas no smartphone que clicaram em conteúdo adulto passaram de 19.699 e chegaram a 42.973 apenas no ano passado. Mesmo em queda, o número de usuários afetados no PC ainda foi de 106.928 em 2023.
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Ao analisar o que os vírus instalados nos aparelhos fazem, a empresa identificou que vêm crescendo os casos de sextorsão com uso de informações íntimas retiradas de sites pornôs. Além disso, seguem em alta os ataques que visam roubar senhas de serviços premium de pornografia ou vazar imagens pessoais.
1 de 1 Usuário de celular vem sendo mais visado em ataques que usam conteúdo adulto como isca — Foto: Luciana Maline/TechTudoUsuário de celular vem sendo mais visado em ataques que usam conteúdo adulto como isca — Foto: Luciana Maline/TechTudo
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O uso de pornografia como vetor de ataques é antigo, mas os especialistas da empresa de segurança percebem que os criminosos vêm adotando técnicas cada vez mais sofisticadas. Vírus disfarçados de vídeos ou apps para Android, por exemplo, foram flagrados em menor quantidade, mas com maior alcance de usuários.
A pesquisa aponta que 70% dos principais ataques usaram programas de publicidade para atrair vítimas. Soluções maliciosas do tipo redirecionam usuários para páginas de anúncio indesejadas e podem encorajar o download de um pacote perigoso no smartphone.
O principal aplicativo de anúncio foi AdWare.AndroidOS.Agent.f, responsável por um terço (35,18%) das detecções. De acordo com a Kaspersky, o app é geralmente distribuído por programas afiliados, que pagam para que seja instalado pelo usuário, induzindo a vítima a infectar o próprio aparelho.
Como se proteger
Quatro dicas para proteger suas informações online
A Kaspersky recomenda dar atenção especial à identidade do site visitado. Segundo a empresa, é preciso verificar se a página tem HTTPS e se o endereço é o mesmo de sempre e não tem nenhum erro proposital de caractere na URL para ter certeza de que é legítimo.
Programas piratas no computador também podem facilitar ataques ao redirecionar o usuário a sites perigosos. O mesmo vale para aplicativos Android baixados fora da Google Play em formato APK. Para evitar baixar um app sem querer, é importante não desativar o bloqueio de instalação nas configurações.
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