iFood vai testar entregas com drones no Brasil; veja perguntas e respostas
O iFood anunciou que vai começar a testar entregas feitas com drones no Brasil. Previsto para começar em outubro na cidade de Campinas, interior de São Paulo, o programa vai utilizar os quadricópteros para cumprir duas rotas predeterminadas. O processo tem como objetivo avaliar os possíveis ganhos de eficiência da modalidade em serviços de delivery. Os equipamentos utilizados serão cedidos pelas brasileiras Speedbird e AL Drones, que receberam certificação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
As entregas serão feitas em um perímetro de 400 metros entre a praça de alimentação de um shopping e o centro de distribuição do iFood. A partir daí, o serviço continua pelo chão, de maneira tradicional. Veja a seguir algumas perguntas e respostas sobre a novidade e saiba o que esperar da entrega por drones em território nacional.
Seis usos curiosos para drones atualmente
1 de 4 iFood pretende testar serviço de entregas com drones a partir de outubro — Foto: Divulgação/iFoodiFood pretende testar serviço de entregas com drones a partir de outubro — Foto: Divulgação/iFood
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Como funciona?
O projeto começa sem realizar a entrega direta às janelas dos clientes. O drone vai até um centro de distribuição onde as encomendas seguem viagem com entregadores via transportes terrestres, a exemplo do que já acontece hoje.
Esse lugar ficará a uma distância de 400 metros da praça de alimentação do Shopping Iguatemi Campinas, e os drones devem levar cerca de 2 minutos para percorrer a distância – cujo tempo normal seria de 12 minutos, segundo o iFood. Uma vez no hub de distribuição, os pedidos são organizados e encaminhados a entregadores de moto, bicicleta ou patinete para realizarem o restante do trajeto.
Outro trajeto experimental terá início no iFood Hub e destino em um condomínio a 2,5 quilômetros de distância. De acordo com o iFood, os drones devem vencer essa distância em 4 minutos, contra 10 minutos feitos de maneira convencional.
2 de 4 Experiência de uso e custos de entrega não mudam com os drones, segundo o iFood — Foto: Marvin Costa/TechTudoExperiência de uso e custos de entrega não mudam com os drones, segundo o iFood — Foto: Marvin Costa/TechTudo
O que muda para o usuário?
Moradores de Campinas que fizerem pedidos no iFood durante o programa de testes não perceberão nenhuma mudança na experiência de uso do app. Segundo o serviço, a escolha de qual processo de entrega será empregado para cada pedido é realizada de forma automática por algoritmos que analisam trajetos, distâncias e estimativas de duração do percurso.
O mesmo sistema será usado para os drones, que serão escolhidos quando a análise do sistema interno do iFood demonstrar que o uso das aeronaves pode reduzir o tempo de entrega e aumentar a eficiência no processo.
Quais cidades vão receber os testes?
Nesse primeiro momento, os testes estarão restritos à cidade de Campinas, no estado de São Paulo. O iFood explica que precisava escolher um ponto com grande volume de pedidos para testar a eficiência da alternativa de transporte por drones, motivo pelo qual a região foi selecionada.
3 de 4 Testes começam em Campinas mas podem ser expandidos para outras cidades — Foto: Divulgação/iFoodTestes começam em Campinas mas podem ser expandidos para outras cidades — Foto: Divulgação/iFood
Outro fator importante na escolha da cidade de Campinas foi a recomendação da própria Anac em virtude das características de relevo. Segundo o iFood, o programa será estendido a outras cidades no futuro, caso os testes iniciais mostrem bons resultados.
Há alguma previsão de quando a entrega por drone chegará a todos?
Ao TechTudo, o iFood afirmou que não faz estimativas a respeito de quando o serviço de entregas com drone estará disponível de forma universal. A única confirmação no momento é de que os testes devem começam em outubro. Entretanto, a empresa reconhece que a situação envolvendo a pandemia causada pelo novo coronavírus torna difícil a definição de datas.
Quais as vantagens?
A ideia de utilizar drones nas entregas visa aumentar a eficiência do serviço, reduzindo o tempo de espera, já que as aeronaves podem voar em linha reta e evitam transtornos como trânsito pesado em ruas e avenidas. Outro ponto interessante é a possível redução de custos de operação a longo prazo, o que pode vir a diminuir os valores pagos pela entrega ao cliente final.
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Apesar disso, não há nada oficial no momento relacionado aos custos. O iFood se limita a apontar que, ao menos durante os testes, os valores e taxas associados ao serviço não deve sofrer nenhum impacto por conta dos drones.
O TechTudo também falou com a Speedbird, uma das responsáveis pelos drones utilizados nos testes. A empresa reforçou que o objetivo é diminuir o tempo da entrega em si, e que o uso da modalidade deve complementar os transportes tradicionais, e não substituí-los.
Os drones são do próprio iFood?
4 de 4 Drones usados no programa de testes são da Speedbird e da AL Drones — Foto: Divulgação/iFoodDrones usados no programa de testes são da Speedbird e da AL Drones — Foto: Divulgação/iFood
As aeronaves são modelos da Speedbird Drones e AL Drones. As duas são responsáveis pelos equipamentos e conseguiram o Cave (Certificado de Autorização de Voo Experimental) junto à Anac, medida essencial para que o programa de testes pudesse ser realizado.
As duas empresas realizaram testes de voo em julho deste ano na cidade de São José dos Campos (SP), encerrando um processo de 11 meses de estudo e desenvolvimento para que os drones a serem usados no programa piloto do iFood atendam às exigências da Anac.
Que tipo de drones serão usados?
Segundo a Speedbird, as aeronaves certificadas para operar as duas rotas em Campinas estão autorizadas a carregar até 2 kg de carga por uma distância de 2,5 km a uma velocidade máxima de 32 km/h. Ainda de acordo com a empresa, os drones serão operados de forma automatizada, mas haverá o acompanhamento de um piloto.
Embora a associação da Speedbird com o iFood esteja vinculada diretamente ao transporte de comida, a empresa afirma que seus quadricópteros também são capazes de carregar outros tipos de carga, e há inclusive conversas com empresas de outros setores para uso da tecnologia.
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