TikTok admite diminuir alcance de posts com hashtags LGBT na rede social
O TikTok reconheceu que escondeu hashtags e posts com temática LGBTQ+ em alguns países no aplicativo para celulares Android e iPhone (iOS). A rede social de vídeos curtos já enfrentou algumas polêmicas envolvendo minorias, e foi acusado de limitar o alcance de publicações de pessoas obesas e com autismo e síndrome de Down. A censura, conhecida como , restringe de forma discreta o conteúdo publicado na rede social sem avisar o dono do post. A prática limita o alcance da publicação, já que ela não fica mais visível para outros usuários e deixa de ser sugerida na aba "Para Você" do TikTok.
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A revelação foi feita por uma pesquisa publicada nesta terça-feira (8) pelo Instituto Australiano de Política Estratégica (ASPI). A análise investigou casos de no TikTok envolvendo o uso de hashtags com temática LGBTQ+ em pelo menos oito idiomas. Em resposta à instituição, a rede social chinesa admitiu restringir o alcance de determinados conteúdos por causa de "leis locais" e "equívocos de moderação", segundo posicionamento incluso no relatório.
1 de 2 TikTok restringiu conteúdo LGBTQ+ na plataforma; entenda polêmica — Foto: Clara Fabro/TechTudoTikTok restringiu conteúdo LGBTQ+ na plataforma; entenda polêmica — Foto: Clara Fabro/TechTudo
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Algumas das hashtags censuradas pelo TikTok, segundo o estudo, incluíam frases como "eu sou gay" e "eu sou lésbica" em russo, a palavra "gay" em russo, árabe, bósnio e estoniano, e "transgênero" em árabe. Mensagens de cunho político também foram analisadas pela ASPI e, entre elas, estão "Putin é um ladrão" em russo, "por que precisamos de um rei" em tailandês e a hashtag "#acab", que faz menção aos protestos antirracistas contra violência policial que ocorreram nos Estados Unidos após a morte de George Floyd.
A pesquisa australiana também afirma que "na prática, essas hashtags são categorizadas pelo TikTok da mesma maneira que grupos terroristas, substâncias ilícitas e palavrões", e conclui que parte delas "não são pesquisáveis" no aplicativo. O relatório da ASPI sugere que a ByteDance, empresa dona do TikTok, suprime as hashtags na plataforma na "tentativa de evitar polêmicas e manter o que considera ser uma postura apolítica enquanto cresce mundialmente".
2 de 2 TikTok também baniu hashtags de cunho político em alguns países — Foto: Marvin Costa/TechTudoTikTok também baniu hashtags de cunho político em alguns países — Foto: Marvin Costa/TechTudo
O que diz o TikTok?
A ASPI entrou em contato com o TikTok no começo da semana para informar as hashtags censuradas pela plataforma. Em resposta, o TikTok afirmou que algumas das tags e termos restringidos foram suprimidos por conta de leis locais dos países, e que parte do conteúdo restrito era utilizado para pesquisas pornográficas no aplicativo. O TikTok também reiterou que apoia criadores de conteúdo LGBTQ+ na plataforma. Leia o posicionamento do app na íntegra:
Via ASPI, BBC e Bloomberg
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