Brasil é o país com mais usuários novos em site de traição Ashley Madison

Uma pesquisa realizada pelo site de traição e relacionamentos extraconjugais Ashley Madison revelou que o Brasil é o país com mais usuários novos na plataforma em 2023. Do total de 65 milhões de inscritos em todo o mundo, 12 milhões são brasileiros, e 1,3 milhão integrou a ferramenta neste ano, o que dá uma média de 35 mil novos integrantes por semana. Segundo o estudo, o isolamento causado pela pandemia pode ter influenciado a infidelidade das pessoas.

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A plataforma diz que o Brasil lidera o ranking mundial dos 20 países com mais pessoas inscritas per capita no site entre o período de 1º de janeiro e 28 de setembro. Somente no mês de agosto, mais de 18 mil pessoas se cadastraram na ferramenta, que foi desenvolvida com o objetivo de ajudar pessoas comprometidas a marcarem encontros casuais.

O site pode ser acessado por meio de diversas plataformas — Foto: Divulgação/ Ashley Madison 1 de 3 O site pode ser acessado por meio de diversas plataformas — Foto: Divulgação/ Ashley Madison

O site pode ser acessado por meio de diversas plataformas — Foto: Divulgação/ Ashley Madison

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O relatório, intitulado “Amor além do lockdown”, foi criado para entender como a quarentena pode ter influenciado a prática da infidelidade no casamento. De acordo com o estudo, a pandemia fez com que 53% das pessoas convivessem com seus cônjuges por mais tempo do que antes. Essa nova rotina, segundo a empresa, desencadeou uma convivência não tão agradável entre os pares, que acabaram procurando uma relação extra como válvula de escape.

Outra razão apontada pelos usuários casados seria a falta de sexo com seus parceiros, já que, mesmo em situação de confinamento, 75% dessas pessoas estaria tendo menos ou nenhuma relação sexual com seus cônjuges. 25% dos entrevistados revelou que ficar sem sexo é a pior coisa da pandemia, sendo essa condição mais desagradável do que ficar sem ver os amigos ou a família.

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O site aponta que a insatisfação com a vida sexual foi responsável por 64% das traições cometidas pelos membros entrevistados. Outros 60% informaram que tentaram contornar a escassez sexual com masturbação para evitar as traições.

As desculpas mais utilizadas pelos usuários para esconder um momento de traição foram “estou trabalhando” (38%), “vou ao mercado” (13%), “vou dar um passeio a pé/de bicicleta” (10%) e “preciso de um tempo para mim” (9%). Além disso, 74% dessas pessoas revelaram que é improvável que parem de ter relações físicas depois que a pandemia passar.

74% dos usuários revelou que não vai parar de encontrar seus amantes depois da pandemia — Foto: Pond5 2 de 3 74% dos usuários revelou que não vai parar de encontrar seus amantes depois da pandemia — Foto: Pond5

74% dos usuários revelou que não vai parar de encontrar seus amantes depois da pandemia — Foto: Pond5

Cuidados com o coronavírus

Segundo o relatório, parte dos usuários infiéis tomaram alguns cuidados para evitar a contaminação pelo coronavírus. 41% confessou que usou álcool em gel regularmente, 36% evitou multidões e 11% se limitou a encontros em lugares abertos. Quanto ao local de encontro, 46% utilizou motéis ou hotéis, 37% se encontrou em casa e 6% traiu dentro do carro.

Além disso, os entrevistados informaram que, até que haja uma cura para a Covid-19, estão sendo seletivos ao escolher um amante, e que pretendem usar a criatividade para promover o distanciamento social durante os encontros extraconjugais.

Mais da metade dos participantes revelou que pretende manter apenas um parceiro fixo como forma de prevenção, até que haja uma vacina contra a doença. Outros 43% preferem esperar para ter casos e relações sexuais com os amantes.

Site de traição Ashley Madison promete oferecer uma experiência discreta — Foto: Thayna Cruz/TechTudo 3 de 3 Site de traição Ashley Madison promete oferecer uma experiência discreta — Foto: Thayna Cruz/TechTudo

Site de traição Ashley Madison promete oferecer uma experiência discreta — Foto: Thayna Cruz/TechTudo

O perfil dos brasileiros infiéis

Segundo o serviço, a idade média dos brasileiros inscritos na plataforma é 33 anos, e há mais mulheres do que homens cadastrados. Em um relatório de membros inscritos divulgado em 2023, para cada conta masculina paga ativa no site, existiam 2,5 contas femininas.

Segundo o diretor de estratégias da Ashley Madison, Paul Keable, o Brasil é o maior mercado da plataforma fora da América do Norte. “Vemos um grande interesse [dos brasileiros] em nosso site ano após ano, mesmo durante a pandemia de Covid-19. Estamos continuamente desenvolvendo novos recursos e funções para ajudar nossa comunidade de pessoas que pensam de modo semelhante a se encontrarem e se conectarem”.

Recentemente, o Ashley Madison ganhou um novo concorrente no Brasil: o Gleeden, app de encontros extraconjugais pensado para mulheres. No entanto, Paul Keable garante que o principal rival da plataforma é local de trabalho, visto que muitos começam a trair os parceiros com colegas de trabalho. Ele acredita que, como muitas empresas estão vazias por conta da pandemia, as pessoas migraram para serviços online. Nesse sentido, o Ashley Madison promete oferecer uma experiência discreta para encontros casuais entre pessoas comprometidas.

"Os casos no trabalho começam quando as pessoas trabalham tarde da noite com um colega, vão em viagens de negócios, etc., e podem comprometer não apenas o casamento, mas também a carreira. Uma das nossas intenções é tirar os casos extraconjugais do ambiente de trabalho e dar às pessoas uma plataforma para encontrar alguém fora de seu círculo social e de forma discreta", explica o executivo.

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