Os dez jogos com as histórias mais estranhas do mundo
Deadly Premonition, Pathologic e Yume Nikki são exemplos de jogos com histórias que fogem do comum, misturam elementos sobrenaturais e bizarros. Os games podem, inclusive, deixar o jogador completamente perdido ao fim da narrativa, ou no mínimo com mais perguntas do que respostas. Na lista abaixo, o 💥️TechTudo selecionou esses e outros exemplos de títulos em que a história, premissa e gameplay resultam em uma composição que escapa das normas e, em alguns casos, até rendem intermináveis discussões de fãs por anos e anos na Internet.
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/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2021/r/G/qdvhvgTH6eXNSvfJbw8Q/0000007808.1920x1080.jpg)
Conotação sexualizada da história de The Path contribui para a polêmica em torno do jogo de terror — Foto: Divulgação/Tale of Tales
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1. The Path
The Path é um jogo indie de terror de 2008, produzido pela Tale of Tales, com uma estética mais artística. Ele conta a história de seis garotas que se perdem em uma floresta e acabam atacadas por lobos. O game, que não chegou a ser um grande sucesso comercial, acabou gerando polêmica em virtude das interpretações que a narrativa, contada de forma abstrata, deixa em aberto.
Enquanto para alguns The Path é uma metáfora sobre o crescimento de cada um, para outros o jogo permite a interpretação de que, na verdade, a história é sobre meninas que acabam caindo nas mãos de predadores sexuais. A possível conotação ainda é reforçada pelas imagens de violência.
2. Yume Nikki
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2018/g/I/6dbvJ3SkCpIgp1BtC2dQ/yume-nikki-jogo-efeito.jpg)
Tudo é extremamente bizarro e surreal em Yume Nikki e muitas vezes causa um desconforto visual — Foto: Reprodução/Rafael Monteiro
A premissa de Yume Nikki, jogo gratuito de 2005 para PCs, é a seguinte: você controla uma garota que nunca sai do seu quarto. A personagem tem sonhos bastante estranhos e confusos, cheios de simbolismo e elementos que parecem desconexos. À primeira vista, o jogo não conta uma história e só nos instantes finais faz menções a elementos que permitem ao jogador extrair algum sentido da experiência.
Com gráficos retrô, mesmo para a época, Yume Nikki acabou gerando vários fãs que ainda hoje exploram as referências do jogo. Jogadores discutem suas teorias e descobertas na Internet, e tentam desvendar o sentido real da história.
3. Deadly Premonition
/s.glbimg.com/po/tt2/f/original/2013/12/17/deadlypremonitionps3.jpg)
Deadly Premonition tem história complexa com teores de David Lynch — Foto: Divulgação
Lançado em 2010 para Xbox 360 e PlayStation 3, Deadly Premonition tem elementos de sobrevivência e investigação misturados com uma história de suspense e terror. Geralmente comparado com a série Twin Peaks da TV, o jogo desenvolve em torno de Francis York Morgan, um agente do FBI com esquizofrenia e que tem um amigo imaginário com quem vive discutindo o cinema dos anos 1980. Outro desfecho da história envolve realidades paralelas.
O título ganhou ares mais cult com o passar dos anos, especialmente por conta da história estranha e difícil de acompanhar, combinada ao gameplay ousado, com personagens seguindo ciclos reais de 24 horas e um mundo aberto em escala. Apesar disso, Deadly Premonition não foi um grande sucesso no lançamento e tem até hoje o recorde no Guiness de “jogo de sobrevivência mais polêmico entre a crítica”. Em nosso review, o jogo ficou nota 4.
4. The Typing of The Dead
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Você precisa ser rápido na digitação para eliminar os zumbis — Foto: Divulgação/Sega
O título da Sega foi lançado para PCs e Dreamcast em 2000 com a premissa simples de horda de zumbis. A diferença é que, em vez de armas, sua forma de combater os mortos vivos era o teclado: o jogador precisa digitar com correção e agilidade palavras e frases para combater os zumbis em uma Veneza infectada. Typing of The Dead ganharia ainda um relançamento em 2013.
Como é um derivado do arcade – basicamente uma modificação em cima de The House of The Dead 2 de 1998 e que usava uma pistola – o jogo é bastante raso em história. O jogador controla dois agentes enviados para combater zumbis que aparecem em Veneza, depois que uma experiência de um banqueiro/cientista que quer dominar o mundo dá errado. O título tem três finais diferentes que são ativados dependendo de opções de diálogo no último chefão.
5. Pathologic
De origem russa, Pathologic é um jogo para PCs que surgiu em 2005 e aposta em uma estética mais artística. A história envolve uma doença misteriosa que atinge os moradores de uma pequena vila russa. O jogador, que pode escolher entre três personagens diferentes, precisa sobreviver, além de investigar a origem da doença.
Colocando assim, o RPG russo pode parecer mais um jogo convencional – porém, a particularidade é que a história é observada de pontos de vista diferentes, dependendo do personagem escolhido. Além disso, a natureza das quests que precisam ser concluídas em tempo também acabam gerando uma experiência única a cada jogada.
6. Catherine
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Temas mais maduros e história com romance, erotismo, traição e sobrenatural dão o tom de Catherine — Foto: Reprodução/Felipe Vinha
Bastante conhecido, Catherine surgiu em 2011 para PS3 e Xbox 360 e conta a história de um sujeito atormentado por sonhos e pesadelos que surgem da sua necessidade de se confrontar com responsabilidades, amadurecimento e sentimentos. Com gameplay desafiador, o jogo apresenta quebra-cabeças e desafios que se passam ao longo dos sonhos do personagem.
A abordagem de temas maduros, a temática erótica e a história que desemboc no sobrenatural são traços que tornam a criação da Atlus um jogo difícil de resumir. Catherine cultiva uma geração de fãs e isso explica a resiliência do título, que ganhou relançamentos para PS4, PC, PS Vita e Nintendo Switch.
7. The Void
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The Void mistura terror e sobrevivência em um limbo entre a vida e o além — Foto: Divulgação/Ice-Pick Lodge
Da Ice-Pick Lodge, mesmo estúdio por trás de Pathologic, The Void surgiu em 2009 para PCs e coloca o jogador como um alma perdida em um vácuo entre vida e morte. No mundo praticamente monocromático de The Void, a cor é um tipo de moeda, mas também de medidor de energia. Você pode gastá-la e cedê-la a outros personagens, mas ao fazer pode acabar morrendo. Entretanto, não abrir mão da cor o impede de progredir no jogo.
Há ainda personagens – as Sisters – que são mulheres que pedem cor em troca de ajudá-lo. Ceder a elas irrita os Brothers, que irão atacá-lo caso você ceda cor às irmãs. A narrativa não indica em nenhum momento se há um lado bom nessa história toda e o jogo está aberto a interpretação do jogador.
8. Fahrenheit
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Fahrenheit foi a primeira tentativa da Quantic Dream em narrativas interativas — Foto: Divulgação/Quantic Dream
Criado pela Quantic Dream (de Heavy Rain e Detroit: Become Human), Fahrenheit chegou ao PS2, Xbox e PC em 2005. O jogo, assim como os sucessos mais recentes do estúdio francês, aposta em uma narrativa imersiva e na ideia de filme interativo. O título conta uma história de assassinato sob a ótica de vários personagens e se desenrola em um desfecho que envolve zumbis, sobrenatural e até alienígenas.
Embora interessante por conter as origens dos jogos de maior sucesso da produtora, Fahrenheit está longe de ter a mesma qualidade dos títulos mais recentes da Quantic Dream. Além das limitações do hardware da época, a história confusa é uma das razões pelas quais o jogo não tem o mesmo apelo que outras produções do estúdio.
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