Foto com carteira de vacina contra Covid-19 pode levar a golpes; entenda

A vacinação contra a Covid-19 criou um novo hábito entre os usuários das redes sociais: publicar uma foto exibindo o comprovante de imunização para seus seguidores. Essa ação, no entanto, pode ser perigosa do ponto de vista da privacidade dos dados exibidos no documento. Segundo especialistas da empresa de segurança digital Kaspersky, essas informações podem ser roubadas por criminosos e utilizadas em golpes.

1 de 2 Foto com carteira de vacina contra Covid-19 pode levar a golpes; entenda — Foto: Reprodução/Kaspersky

Foto com carteira de vacina contra Covid-19 pode levar a golpes; entenda — Foto: Reprodução/Kaspersky

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Um estudo compartilhado recentemente pela empresa revelou que documentos de identidade, tais como carteira de motoristas e passaportes, são negociados na dark web por até US$ 25 (ou R$ 123, em conversão direta). Já uma selfie exibindo um documento, caso semelhante ao dos comprovantes de vacina, pode ser comercializada ilegalmente por até US$ 60, ou R$ 297.

2 de 2 Moradora do Rio de Janeiro publica foto de cartão de vacina protegendo as informações pessoais — Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio/Fabio Motta

Moradora do Rio de Janeiro publica foto de cartão de vacina protegendo as informações pessoais — Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio/Fabio Motta

Dados biométricos

A Kaspersky lembra que, além dos documentos pessoais, dados biométricos também precisam ser preservados em fotos online. Isso deve ser aplicado, inclusive, às impressões digitais, que podem ser expostas em fotos fazendo um "V da vitória" com as mãos, por exemplo.

Assim como o reconhecimento facial ou varredura de retina, as digitais são um dos métodos mais utilizados para acessar smartphones, tablets e aplicativos importantes, como apps bancários, por exemplo. Com posse dessas informações, os bandidos podem encontrar uma brecha para conseguirem acesso a esses serviços. O mesmo se aplica à divulgação de crachás de empresa em fotos em redes sociais.

Apesar de o roubo de impressão digital parecer um pouco distante da realidade, Fabio Assolini, analista sênior de cibersegurança da Kaspersky, alerta que isso pode acontecer. "Ainda que existam muitos fatores que devem ser atendidos para obter nossa impressão digital a partir de uma selfie, tais como resolução de imagem, proximidade e iluminação, as câmeras de telefone celular estão ficando cada vez melhores e não há razão para arriscar", adverte Fabio.

"Embora possa parecer algo saído de um filme de ficção científica, se a imagem for nítida, é possível que os cibercriminosos aproveitem esta situação e façam uso desta informação, que é única e serve como um método de autenticação" — Fabio Assolini, analista sênior de cibersegurança da Kaspersky

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