Tela que regenera sozinha pode estar em celulares do futuro

Cientistas indianos criaram um material cristalino que se regenera quase instantaneamente, sem deixar marcas. Os resultados, ainda que experimentais, foram publicados na revista científica americana . O elemento tem grande potencial para ser utilizado em aparelhos do dia a dia que necessitam de materiais translúcidos e que são suscetíveis a queda e danos, como os smartphones.

Um dos membros da equipe se mostrou empolgado com a aplicação final do material, que pode evitar as tão comuns telas quebradas. “Ele pode ser usado em telas de celulares que se consertarão se caírem”, disse. Desenvolvido na Índia, trata-se do fruto do trabalho em conjunto entre o Instituto Indiano de Educação e Pesquisa em Ciências (IISER), de Calcutá, e do Instituto Indiano de Tecnologia, de Kharagpur.

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Professor Chilla Malla Reddy (a direita) junto à equipe envolvida no projeto — Foto: Reprodução/Telegraph India 2 de 3 Professor Chilla Malla Reddy (a direita) junto à equipe envolvida no projeto — Foto: Reprodução/Telegraph India

Professor Chilla Malla Reddy (a direita) junto à equipe envolvida no projeto — Foto: Reprodução/Telegraph India

O material produzido é cristalino, com uma estrutura única, capaz de se autorregenerar espontaneamente e quase instantaneamente. Na publicação da , os cientistas demonstraram essa propriedade com o auxílio de uma agulha. Ao fracionar partes do objeto, as partes fracionadas retornaram para o local de origem assim que a pressão da agulha foi retirada.

O professor Chilla Malla Reddy, do IISER, cientista líder do projeto, evidenciou o diferencial do material produzido na instituição: “ele tem uma estrutura cristalina, com organização interna bem ordenada, o que favorece a aplicação em eletrônicos e aparelhos ópticos”. E ainda acrescentou: “o nosso material é dez vezes mais resistente que outros materiais autorregenerativos”.

Material autorregenerativo

Cientistas demonstram o poder regenerativo do material. Em uma escala de 250 micrômetros, mesmo ao aplicar pressão e fracionar o material, ele retorna à forma inicial — Foto: Reprodução/Telegraph India 3 de 3 Cientistas demonstram o poder regenerativo do material. Em uma escala de 250 micrômetros, mesmo ao aplicar pressão e fracionar o material, ele retorna à forma inicial — Foto: Reprodução/Telegraph India

Cientistas demonstram o poder regenerativo do material. Em uma escala de 250 micrômetros, mesmo ao aplicar pressão e fracionar o material, ele retorna à forma inicial — Foto: Reprodução/Telegraph India

Materiais autorregenerativos não são novidade e já existem há mais de 30 anos. O 💥️TechTudo já falou a respeito de telas de celulares que se regeneram com o calor das mãos. O diferencial do novo material é quanto à sua estrutura, pois não necessita de agente externo e não é baseado em irregularidades para se regenerar.

Diferentemente da criação do professor Reddy, o funcionamento deste tipo de material é baseado em irregularidades da substância. A regeneração ocorre quando o material é exposto a um agente externo, como luz, calor ou produtos químicos para que haja uma reestruturação do material e ele possa se regenerar. A substância sintetizada pela equipe do IISER se regenera de forma diferente.

Ele pertence a uma classe de substâncias chamadas cristais piezoelétricos. Esse tipo de material já são utilizado em robôs, naves espaciais e microscópios modernos, entre outros. A grosso modo, os cristais piezoelétricos exercem uma forte atração quando há uma fratura, o que faz com que os fragmentos se reintegrem.

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