Vício em Fortnite leva jovem a ser internado por dois meses; entenda o caso

Fortnite, Battle Royale de grande sucesso da Epic Games, virou caso de um estudo clínico na província de Castellón, na Espanha. De acordo com uma notícia do site da última terça-feira (14), um jovem menor de idade teve que ser internado em um hospital após apresentar fortes sintomas de vício no jogo. A equipe médica que cuidou do paciente, do Hospital da Província de Castellón, da Universidade Jaume I e do Hospital Geral Universitário, publicou um estudo sobre o caso na Revista de Psiquiatria Infanto-Juvenil do país.

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Jovem menor de idade é o primeiro internado por vício em jogos no mundo — Foto: Divulgação/Epic Games 1 de 2 Jovem menor de idade é o primeiro internado por vício em jogos no mundo — Foto: Divulgação/Epic Games

Jovem menor de idade é o primeiro internado por vício em jogos no mundo — Foto: Divulgação/Epic Games

Segundo o estudo, o jovem apresentou graves problemas comportamentais em decorrência do abuso do jogo Fortnite. Os sintomas que ele apresentava eram isolamento, rejeição de interações sociais, inflexibilidade, pouco interesse no ambiente e extrema seleção de atividades. Além disso, ele teve também alterações em atividades básicas do dia a dia, como de higiene, e no ritmo de sono. Todos estes fatores combinados levaram a família a interná-lo no hospital para que pudesse receber o tratamento adequado.

De acordo com a equipe médica, o jovem começou a ficar viciado após a morte de um familiar. Como forma de enfrentar o luto, ele passou a utilizar o Fortnite como válvula de escape. Os familiares relataram que o adolescente tinha um ótimo desempenho escolar, mas desde o início do ano passou a faltar às aulas por conta do vício em videogame. Ele, inclusive, chegou a ser trocado de turma.

Para o tratá-lo, a equipe do hospital adotou uma abordagem multidisciplinar. Dessa forma, foram utilizadas estratégias de intervenção como reestruturação cognitiva, desenvolvimento de habilidades pessoais, gestão de contingências e estabelecimentos de orientações diárias. A família também fez parte do tratamento. O objetivo era que o adolescente fosse capaz de reconhecer o mal que o jogo estava fazendo em sua rotina.

É necessário monitorar o tempo de jogo de crianças e adolescentes, além de restringir o uso de telas — Foto: Reprodução/Internet 2 de 2 É necessário monitorar o tempo de jogo de crianças e adolescentes, além de restringir o uso de telas — Foto: Reprodução/Internet

É necessário monitorar o tempo de jogo de crianças e adolescentes, além de restringir o uso de telas — Foto: Reprodução/Internet

Os resultados do tratamento mostraram que houve uma redução significativa no tempo exposto à tela do videogame e uma melhora no funcionamento pessoal e social do adolescente. Ele vem sendo tratado no Hospital del Día para prevenir recaídas e para que possa voltar de forma progressiva aos estudos. Além disso, também faz atividades para melhorar o equilíbrio emocional e as competências de comunicação em grupo.

Por fim, o estudo aponta que o Battle Royale tem dois aspectos principais podem causar vícios nos jogadores: os prazos para conquistar os objetivos das temporadas e as transmissões ao vivo de gameplay do jogo. Para evitar o vício, recomenda-se implementar uma fiscalização do tempo de tela de crianças e adolescentes com limites bem definidos. Outra recomendação é restringir o uso dos dispositivos utilizados para jogar, além de incentivar a prática de outras atividades prazerosas, como o convívio familiar e tarefas em grupo.

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