Fabricante de drones suspende vendas na Rússia para evitar uso na guerra
A DJI suspendeu, por tempo indeterminado, todas as atividades comerciais na Rússia e na Ucrânia. A maior fabricante de drones do mundo informou que a decisão visa a garantir que os produtos da companhia não sejam utilizados na guerra. Autoridades ucranianas dizem ter sido expostas por dados vazados pela DJI à Rússia, mas a empresa nega as acusações. É a primeira vez que uma grande empresa da China interrompe seu funcionamento no país governado por Vladimir Putin desde que a guerra entre as duas nações foi iniciada.
Diferentemente de companhias como a Apple, que cortou a venda de produtos na Rússia em forma de protesto, a maioria das gigantes chinesas preferiu manter as operações no país — ação que vai ao encontro da atual postura de Pequim, que opta por se abster às críticas contra Moscou. Desde o final de fevereiro, o clima na região ucraniana é de tensão e operações militares se tornaram rotina nas zonas de conflito.
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1 de 1 Fabricante de drones suspende vendas na Rússia para evitar uso na guerra — Foto: Divulgação/DJIFabricante de drones suspende vendas na Rússia para evitar uso na guerra — Foto: Divulgação/DJI
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A polêmica começou após surgirem, no mês passado, imagens de militares russos que estariam usando drones da DJI durante o conflito. Os dispositivos eram acionados no modo de detecção de pessoas e objetos para apontar a posição geográfica de tropas e bases ucranianas.
Em nota, a DJI afirmou que abomina qualquer uso de drones da marca para causar danos e anunciou a suspensão temporária das vendas nesses países, "a fim de ajudar a garantir que ninguém use os drones em combate". Um porta-voz da DJI disse ainda à que, com a decisão, a empresa não tem como objetivo enviar alguma mensagem sobre nenhum país, "mas sim reforçar princípios".
No mês passado, o vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, foi ao Twitter exigir que a DJI interrompesse o fornecimento de drones à Rússia. Fedorov culpabilizou as tropas do país inimigo (que estariam portando drones da marca) pela morte de cem crianças ucranianas. A empresa chinesa negou o apoio à Rússia com fornecimento de dados e hardware e classificou as acusações como "totalmente falsas".
A publicação de Fedorov foi responsável, inclusive, por fazer com que a MediaMarkt, rede alemã de lojas de eletrônicos espalhadas por toda a Europa, retirasse os produtos da DJI de todas as prateleiras.
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