Satélites de Elon Musk são uma ‘ameaça’, concluem militares chineses

A constelação de satélites da Starlink, a empresa de banda larga de Elon Musk, tornou-se alvo de debate sobre segurança nacional na China. Cientistas das Forças Armadas chinesas pedem que o governo trabalhe no desenvolvimento de uma arma capaz de destruir os equipamentos, pois entendem que os satélites são uma ameaça ao aparato de defesa do país. As primeiras medidas incluem aprofundar o estudo sobre a Starlink do ponto de vista militar.

Os pesquisadores ainda sugerem a criação de um sistema de vigilância capaz de rastrear cada satélite da Starlink. De acordo com a equipe, essa medida por si só já ajudaria o país a descobrir se cargas militares junto estão sendo lançadas junto com novos satélites ao espaço. No Brasil, a Starlink tem autorização da Anatel para operar em órbita baixa.

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Lançamento de foguete para serviço da Starlink — Foto: Reprodução/SpaceX 2 de 3 Lançamento de foguete para serviço da Starlink — Foto: Reprodução/SpaceX

Lançamento de foguete para serviço da Starlink — Foto: Reprodução/SpaceX

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As preocupações foram apontadas em um artigo na revista . Uma delas é a possibilidade da constelação de satélites da empresa americana ser usada para rastrear mísseis hipersônicos, além de tornar a transmissão de dados de drones e jatos americanos ultra rápida. Em um dos trechos, o documento fala ainda que os equipamentos da Starlink poderiam ser usados para “se chocar” propositalmente com os satélites chineses.

Os pesquisadores também desejam encontrar soluções para desativar algumas funcionalidades da constelação para "garantir a segurança nacional". A provedora de internet do bilionário Elon Musk se destaca de outras empresas similares por conseguir alcançar velocidades bem superiores de internet. O motivo se deve ao posicionamento dos satélites, que ficam em órbita baixa na Terra. Até o momento, foram lançados mais de 4,4 mil equipamentos pela companhia.

No ano passado, a China revelou o desconforto com a empresa americana e enviou uma reclamação para a Organização das Nações Unidas (ONU) sobre duas manobras de emergência feitas pela Estação Espacial Chinesa Tiangong para escapar de choques com a constelação de satélites.

Starlink é usada para levar internet de alta velocidade para lugares remotos — Foto: Divulgação/Starlink 3 de 3 Starlink é usada para levar internet de alta velocidade para lugares remotos — Foto: Divulgação/Starlink

Starlink é usada para levar internet de alta velocidade para lugares remotos — Foto: Divulgação/Starlink

A China pode destruir os satélites da Starlink?

De acordo com o Departamento de Defesa dos EUA, os chineses já dispõem de tecnologias de ponta para iniciar uma destruição de satélites, bem como interromper a comunicação das máquinas. Alguns dos recursos, por exemplo, são lasers para inutilizar os sensores, além de sistemas para invasão da rede. Mesmo com tantas opções, os cientistas alegam que é preciso maiores esforços, pois o acervo existente é insuficiente para derrubar uma constelação inteira de satélites.

Em conjunto com essas ações, a China tenta avançar para competir com a empresa de Elon Musk, ao lançar a própria rede de satélites para internet de alta velocidade. A empresa se chama Xing Xang (ou Starnet) e também tem como objetivo fornecer acesso global à internet, mesmo em regiões isoladas.

Starlink no Brasil

É pouco provável que esse tipo de debate vire uma preocupação para o governo brasileiro. Atualmente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autoriza o serviço de telecomunicações do bilionário Elon Musk. Em fevereiro, como noticiado pelo 💥️TechTudo, a empresa divulgou os preços oficiais no Brasil. A nova opção de internet via satélite beira os R$ 12 mil no primeiro ano de contrato.

Elon Musk e o presidente Jair Bolsonaro tiveram um encontro em maio durante um evento empresarial. Eles trataram do uso da tecnologia de internet da Starlink em escolas de localidades distantes.

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