A Plague Tale: Requiem traz gameplay violenta e com maior foco no combate

A Plague Tale: Requiem é a sequência de Innocence que chega nestra terça-feira (18) para PlayStation 5 (PS5), Xbox Series X/S, Nintendo Switch e PC. O título se passa logo após o enredo do primeiro jogo, trazendo Amicia e Hugo em uma nova aventura pela França medieval em meio à inquisição e uma releitura da peste bubônica, que assolou a Europa no século XIV. A busca agora é pela cura do irmão mais novo, ainda com crises que trazem hordas enormes de ratos (agora, cada vez maiores) graças à doença chamada Prima Macula.

Entre soluções “palpáveis”, como a ordem dos alquimistas, e uma misteriosa Ilha visitada por Hugo em um sonho, você controla Amicia em uma gameplay razoável que mistura stealth, combate estratégico (que ganhou um foco maior no novo jogo) e um quê de horror que ganha muito com os efeitos sonoros. O 💥️TechTudo testou A Plague Tale: Requiem e conta a seguir as primeiras impressões do jogo.

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Amicia e Hugo estão de volta em A Plague Tale: Requiem; veja o que achamos da sequência — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand 2 de 8 Amicia e Hugo estão de volta em A Plague Tale: Requiem; veja o que achamos da sequência — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Amicia e Hugo estão de volta em A Plague Tale: Requiem; veja o que achamos da sequência — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

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História segue de onde parou

A saga de Amicia e Hugo começa na Provença, na França, logo após os acontecimentos do primeiro game, em Guyenne. Os dois, acompanhados de sua mãe, Beatrice, e do aprendiz de alquimista Lucas, seguem viagem em busca do melhor alquimista da região, que talvez consiga curar Hugo da Prima Macula, doença que o atormenta e estaria relacionada às hordas de ratos responsáveis pela peste bubônica.

O tratamento dado ao irmão não agrada Amicia, que segue ajudando como pode. Mas, após outra crise de Hugo, a família se vê novamente fugindo de uma tragédia causada pela peste. Acreditando em um sonho do pequeno protagonista, a irmã mais velha desvia a rota e vai em busca de uma cura quase impossível para Hugo, passando por cima do que for preciso. No meio do caminho, aparecem muitos soldados inimigos, poucos novos amigos e alguns velhos conhecidos, além de áreas com variadas opções para avançar e explorar.

Sophia é uma das novas personagens de A Plague Tale: Requeim; velhos conhecidos também aparecem — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand 3 de 8 Sophia é uma das novas personagens de A Plague Tale: Requeim; velhos conhecidos também aparecem — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Sophia é uma das novas personagens de A Plague Tale: Requeim; velhos conhecidos também aparecem — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Gameplay travada e foco maior no combate

A exemplo do primeiro jogo da franquia, Requiem começa focando em stealth, com Amicia limitada ao uso de seu estilingue, além de potes e pedras para distrair seus inimigos. Com o tempo, a personagem vai ficando mais violenta, recorrendo ao uso de facas e até uma besta, que se vê necessária para garantir a sobrevivência da família. Seu amigo Lucas também traz novos conhecimentos de alquimia, permitindo ao jogador montar estratégias para um combate mais silencioso, ainda necessário durante a maior parte do tempo.

Stealth segue como principal estilo de gameplay em A Plague Tale: Requiem, mas combate estratégico ganha foco maior — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand 4 de 8 Stealth segue como principal estilo de gameplay em A Plague Tale: Requiem, mas combate estratégico ganha foco maior — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Stealth segue como principal estilo de gameplay em A Plague Tale: Requiem, mas combate estratégico ganha foco maior — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Os movimentos de Amicia são um pouco “travados”, principalmente quando acompanhada de Hugo. Além disso, em alguns momentos o sistema de câmera atrapalha o jogador, da mesma forma que, ao carregar objetos para resolver quebra-cabeças, os controles se mostram um pouco limitados. A sensação é de que o jogo tem gráficos voltados para a nova geração de consoles, mas uma mecânica que não acompanhou os avanços visuais, e seguiu com as limitações já vistas em Innocence.

Apesar desse “gap”, Requiem permite montar estratégias interessantes para avançar no mapa. O ritmo pausado segue, mesmo com áreas maiores para explorar e se esconder. Dessa forma, é possível avançar e, aos poucos, decidir qual caminho é melhor para evitar a atenção dos adversários. Mas, caso seja necessário correr, não é difícil enrolar os guardas, sobretudo com as variadas opções de munição para usar.

Amicia tem mais opções de armas e alquimias para usar contra seus inimigos — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand 5 de 8 Amicia tem mais opções de armas e alquimias para usar contra seus inimigos — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Amicia tem mais opções de armas e alquimias para usar contra seus inimigos — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Também vale destacar o controle dos ratos por parte de Hugo. A criança não controla tão bem a habilidade, que fica disponível apenas em momentos de necessidade. Com ele, é possível pressentir a presença de soldados e controlar uma horda de ratos para liberar o caminho, mas com um limite para que ele não tenha uma nova crise de proporções desastrosas.

Ambientação é ponto alto

A qualidade gráfica e o áudio, em geral, são os grandes destaques do jogo. A Plague Tale: Requiem coloca o usuário ali, no momento, muito graças à trilha sonora arrepiante, mas também aos ruídos de moscas, diferentes tipos de piso e também dos ratos, sempre em grande quantidade.

Em A Plague Tale: Requiem, Hugo pode ajudar mais, mas ainda não domina os "poderes" da Prima Macula — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand 6 de 8 Em A Plague Tale: Requiem, Hugo pode ajudar mais, mas ainda não domina os "poderes" da Prima Macula — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Em A Plague Tale: Requiem, Hugo pode ajudar mais, mas ainda não domina os "poderes" da Prima Macula — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Além do som, o ambiente proporcionado pela alta qualidade de gráficos da nova geração também permite uma boa imersão no game. Os cenários misturam locais belos e com natureza exuberante ou mesmo construções clássicas, a cenas aterrorizantes de restos mortais de animais, corpos humanos praticamente descartados de qualquer forma e mortes pelos ratos com bastante violência.

Essa composição dá um peso emocional ao título, que trata bastante esse tema, tanto em Amicia quanto em Hugo, que é diretamente afetado pela Prima Macula. A representação de um período tão tenso como o da peste bubônica na Europa foi muito bem feita e merece elogios, mesmo que seja bastante pesada para o jogador.

Ambientação em A Plague Tale: Requiem traz visuais lindos, mas também cenas horríveis e assustadoras — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand 7 de 8 Ambientação em A Plague Tale: Requiem traz visuais lindos, mas também cenas horríveis e assustadoras — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Ambientação em A Plague Tale: Requiem traz visuais lindos, mas também cenas horríveis e assustadoras — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Conclusão

O jogo traz mudanças que prometem melhorar a experiência de quem conhecia o primeiro título da franquia, e também convence novos jogadores com bons gráficos e a mistura de stealth a um combate estratégico. As cenas de cinematics são interessantes, mostrando imagens fortes, bonitas e, muitas vezes, bastante realistas. Há ainda um modo foto que permite realizar ajustes pertinentes na câmera para explorar o ambiente e captar bons quadros.

Apesar disso, a diferença estética, normal pelo salto geracional, não é acompanhada totalmente pela gameplay, que traz uma mecânica um pouco robótica tanto aos protagonistas Amicia e Hugo quanto a NPCs pelo mapa. O título tem, por exemplo, algumas conversas com personagens de costas um para o outro, movimentos de boca que não acompanham tão bem nem o francês, nem o inglês, entre outros exemplos.

A Plague Tale: Requiem é uma boa (e tensa) aventura pela França medieval, mas pode ser bastante pesada em alguns momentos — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand 8 de 8 A Plague Tale: Requiem é uma boa (e tensa) aventura pela França medieval, mas pode ser bastante pesada em alguns momentos — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

A Plague Tale: Requiem é uma boa (e tensa) aventura pela França medieval, mas pode ser bastante pesada em alguns momentos — Foto: Reprodução/Yuri Hildebrand

Portanto, o jogo não chega tão bem nessa reta final de ano, ficando atrás de outros games aguardados para o fim de 2022. Para quem jogou A Plague Tale: Innocence, vale a pena seguir a história para saber como ficam Amicia e Hugo após os trágicos acontecimentos de Guyenne, enquanto novos usuários podem se interessar a ponto de voltar no título da geração passada buscando entender como os protagonistas foram parar ali.

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