Internet das Coisas: o que é, como funciona e exemplos de uso

A “Internet das Coisas” (em inglês, Internet of Things, ou IoT) corresponde a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar itens usados no dia a dia, como eletrodomésticos, meios de transporte, tênis, roupas e até maçanetas, à rede mundial de computadores. Aparelhos vestíveis, como o Google Glass e o Apple Glass, transformam a mobilidade e a presença da Internet em diversos objetos em uma realidade cada vez mais próxima. O 💥️TechTudo explica o que é Internet das Coisas (IoT) e dá exemplos reais de como funciona.

🔎 Internet das Coisas: dez fatos que você precisa saber sobre a IoT

A Genius Smart Lock é uma fechadura smart também funciona com chave comum e faz parte da Internet das Coisas — Foto: Reprodução/Genius Smart Lock 1 de 7 A Genius Smart Lock é uma fechadura smart também funciona com chave comum e faz parte da Internet das Coisas — Foto: Reprodução/Genius Smart Lock

A Genius Smart Lock é uma fechadura smart também funciona com chave comum e faz parte da Internet das Coisas — Foto: Reprodução/Genius Smart Lock

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O que é Internet das Coisas (IoT)?

A ideia de conectar objetos é discutida desde 1991, quando a conexão TCP/IP e a Internet que conhecemos hoje começou a se popularizar. Bill Joy, cofundador da Sun Microsystems, pensou sobre a conexão de Device para Device (D2D), tipo de ligação que faz parte de um conceito maior, o de “várias webs”.

Em 1999, Kevin Ashton do MIT propôs o termo “Internet das Coisas" e, dez anos depois, escreveu o artigo “A Coisa da Internet das Coisas” para o RFID Journal. De acordo com o especialista, a rede oferecia, na época, 50 Pentabytes de dados acumulados em gravações, registros e reprodução de imagens.

Grandes marcas como a LG já oferecem produtos para Internet das Coisas — Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo 2 de 7 Grandes marcas como a LG já oferecem produtos para Internet das Coisas — Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo

Grandes marcas como a LG já oferecem produtos para Internet das Coisas — Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo

Segundo Ashton, a limitação de tempo e da rotina fará com que as pessoas se conectem à Internet de outras maneiras. Assim, será possível acumular dados do movimento de nossos corpos com uma precisão muito maior do que as informações de hoje.

Com esses registros, se conseguirá reduzir, otimizar e economizar recursos naturais e energéticos, por exemplo. Para o especialista, essa revolução será maior do que o próprio desenvolvimento do mundo online que conhecemos hoje.

Como funciona a Internet das Coisas

Google Glass faz parte da Internet das Coisas — Foto: Divulgação/Google 3 de 7 Google Glass faz parte da Internet das Coisas — Foto: Divulgação/Google

Google Glass faz parte da Internet das Coisas — Foto: Divulgação/Google

O protótipo Mobii, que estava sendo desenvolvido pela Ford e pela Intel em 2014, pretendia reinventar o interior dos automóveis. Ao entrar em um carro com essa tecnologia, uma câmera faria o reconhecimento do rosto do motorista, a fim de oferecer informações sobre seu cotidiano, recomendar músicas e receber orientações para acionar o mapa com GPS.

Se o sistema não reconhecer a pessoa, ele tira uma foto e manda as informações para o celular do dono, evitando furtos. Esse é um exemplo de um carro dentro de um ambiente da Internet das Coisas, com acessórios online e agindo de maneira inteligente.

Project Mobii prevê instalação de uma série de câmeras e sensores dentro dos carros — Foto: Divulgação/Ford 4 de 7 Project Mobii prevê instalação de uma série de câmeras e sensores dentro dos carros — Foto: Divulgação/Ford

Project Mobii prevê instalação de uma série de câmeras e sensores dentro dos carros — Foto: Divulgação/Ford

Outro exemplo de aplicação da Internet das Coisas envolve uma parceria da fabricante de elevadores TK Elevator com a Microsoft. Juntas, as empresa desenvolveram um sistema inteligente e online para monitorar os elevadores por meio de call centers e técnicos. O software funciona em grandes redes de computadores de mesa e portais, além de rodar em um app para tablets com Windows.

O intuito do programa é prestar assistência em tempo real e evitar acidentes com manutenções preventivas nos elevadores da marca. Essa iniciativa resulta em uma redução de custo e é um exemplo de aplicabilidade da Internet das Coisas em infraestrutura.

Internet das Coisas – termo usado para dispositivos eletrônicos, plataformas e sistemas conectados à web por meio de softwares integrados, como Wi-Fi e Bluetooth. — Foto: Divulgação/Creative Commons. 5 de 7 Internet das Coisas – termo usado para dispositivos eletrônicos, plataformas e sistemas conectados à web por meio de softwares integrados, como Wi-Fi e Bluetooth. — Foto: Divulgação/Creative Commons.

Internet das Coisas – termo usado para dispositivos eletrônicos, plataformas e sistemas conectados à web por meio de softwares integrados, como Wi-Fi e Bluetooth. — Foto: Divulgação/Creative Commons.

A Universidade da Califórnia de São Francisco (UCSF) também investe nesse ramo e usou Google Glass na mesa de cirurgia. O teste foi feito pelo doutor Pierre Theodore, um cirurgião, mas ele enfrentou alguns problemas. Os comandos de voz não funcionaram bem na hora de fazer uma operação. Para agilizar os procedimentos, um operador acionou os comandos dos óculos pela conexão sem fio.

O aparelho funcionou com imagens de raio-X, mas precisou de uma claridade menos intensa para exibir informações com maior nitidez. A iniciativa pode ser o início do uso de gadgets móveis em massa por parte de médicos, sobretudo os novos óculos tecnológicos.

A Internet das Coisas leva o Google Glass para a mesa de cirurgia — Foto: Divulgação/UCSF/Leiland Kim 6 de 7 A Internet das Coisas leva o Google Glass para a mesa de cirurgia — Foto: Divulgação/UCSF/Leiland Kim

A Internet das Coisas leva o Google Glass para a mesa de cirurgia — Foto: Divulgação/UCSF/Leiland Kim

Unificação da Internet das Coisas

Já nos dias de hoje, são muitos os objetos conectados, como geladeiras, óculos, elevadores e carros. A rede pode intervir em pequenos gadgets ou em infraestruturas complexas. Pensando em toda essa usabilidade, vêm surgindo iniciativas, que envolvem empresas grandes, para unificar a Internet das Coisas.

Dell, Intel e Samsung, por exemplo, se uniram para padronizar as conexões, em um grupo chamado Open Interconnect Consortium (OIC). O objetivo era criar um protocolo comum para garantir o bom funcionamento da conexão entre os mais variados dispositivos.

Geladeira inteligente da Eletrolux — Foto: Divulgação/Eletrolux 7 de 7 Geladeira inteligente da Eletrolux — Foto: Divulgação/Eletrolux

Geladeira inteligente da Eletrolux — Foto: Divulgação/Eletrolux

Wi-Fi, Bluetooth e NFC são recursos desenvolvidos pela organização. Fazem parte do consórcio também a Atmel, empresa de microcontroladores; a Broadcom, de soluções de comunicação com e sem fio; e Wind River, de software e tecnologia embarcada.

Essa, no entanto, não é a única iniciativa nesse sentido. Arquitetado em dezembro de 2013, o AllSeen Alliance tem 51 empresas participantes, entre as quais estão nomes de peso, como LG, Panasonic, Qualcomm, D-Link e a Microsoft.

No Brasil, o escritório do W3C, responsável pela criação do World Wide Web, a navegação padronizada por browsers, busca difundir a ideia de Internet das Coisas. O órgão é ligado ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Eles desenvolveram vídeos de divulgação do conceito em nosso país. Confira no link acima.

Exemplos de uso da Internet das Coisas

Geladeira smart que avisa quando sua bebida está acabando é destaque na CES

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