Fábrica de iPhones na China tem protestos por direitos trabalhistas
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram imagens de um confronto violento envolvendo trabalhadores da Foxconn – a empresa que efetivamente fabrica o iPhone– com a tropa de choque da cidade de Zhengzhou, na China. De acordo com , os protestos eclodiram quando os trabalhadores souberam que os pagamentos de bônus seriam atrasados. Além disso, os profissionais estão sob forte lockdown, já que a China conta com a chamada política de "Covid zero" — que estabelece regras rígidas para controle da doença no país.
No início do mês, o 💥️TechTudo noticiou que a produção dos celulares iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max poderia sofrer impactos devido às restrições para evitar a propagação da Covid-19. A fábrica em Zhengzhou, onde ocorreram os protestos recentes, registrou alta significativa de casos nos últimos dias. A fábrica em questão opera com cerca de 200 mil funcionários e é responsável pela maior parte da produção do iPhone 14.
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2 de 2 Policiais entraram em confronto com trabalhadores nas instalações da Foxconn em Zhengzhou, na China. — Foto: TechTudoPoliciais entraram em confronto com trabalhadores nas instalações da Foxconn em Zhengzhou, na China. — Foto: TechTudo
Entenda o conflito na fábrica da Apple
Os protestos começaram na noite de terça-feira (22), próximos aos alojamentos dos funcionários da fábrica da Foxconn. Ainda de acordo com , a empresa responsável pela fabricação do iPhone na cidade chinesa impôs uma série de restrições aos trabalhadores, forçando-os a morar e trabalhar nas instalações da fábrica. Dentre as principais queixas, está a limitação de alimentos e suprimentos.
Essas medidas rígidas seriam para evitar o surgimento de novos surtos na cidade de Zhengzhou. Por conta disso, muitos trabalhadores fugiram das instalações, o que levou a fábrica a oferecer bônus e remuneração mais alta para incentivar a permanência dos funcionários. No entanto, a Foxconn não teria cumprido o prometido — o que motivou a revolta.
Em transmissão ao vivo da , um dos manifestantes afirmou que a fábrica mudou o contrato para que não recebessem os subsídios acordados para a permanência no local de trabalho. "Eles nos colocam em quarentena, mas não fornecem comida", reclamou o funcionário.
Veja imagens do confronto
Apple não é a única empresa com produção afetada
Apesar da grande proporção que as manifestações tomaram na Foxconn, a Apple não é a única empresa afetada pela política de "Covid zero" na China. A gigante americana Tesla teve de fechar uma fábrica em Xangai devido ao aumento de casos da doença. Já a alemã Volkswagen e a japonesa Toyota também são exemplos na indústria que interromperam a produção neste ano.
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