Microsoft tem acordo com a Nintendo para levar Call of Duty ao Switch

A Microsoft firmou um acordo para trazer a série Call of Duty para consoles Nintendo, como o Nintendo Switch, e para PC, pela loja digital Steam, pelos próximos 10 anos. Segundo o CEo da divisão do Xbox, Phil Spencer, esse é o plano caso a compra da Activision Blizzard seja aprovada. Em relação à Sony, o vice-presidente da Microsoft, Brad Smith, garante que a empresa ofereceu um acordo semelhante para levar os jogos ao PlayStation 5 (PS5) e PlayStation 4 (PS4), porém a gigante japonesa não aceitou.

O acordo foi visto como um aceno de boa-fé da Microsoft para órgãos de regulamentação, que ainda precisam aprovar a aquisição em diversos países. Vale lembrar que o Brasil é um dos poucos que já liberou a compra pela gigante norte-americana.

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Games da série Call of Duty poderão chegar ao Nintendo Switch se compra da Activision Blizzard pela Microsoft for concluída — Foto: Divulgação/Activision 1 de 3 Games da série Call of Duty poderão chegar ao Nintendo Switch se compra da Activision Blizzard pela Microsoft for concluída — Foto: Divulgação/Activision

Games da série Call of Duty poderão chegar ao Nintendo Switch se compra da Activision Blizzard pela Microsoft for concluída — Foto: Divulgação/Activision

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Em 18 de janeiro de 2022 a Microsoft deu início às negociações para comprar a Activision Blizzard, desenvolvedora de séries como Call of Duty, Crash Bandicoot, Diablo, Overwatch e World of Warcraft, por US$ 68,9 bilhões (em torno de R$ 360 bilhões). Desde então, a concorrente Sony tem apelado aos órgãos de regulamentação para impedirem a compra, alegando que Call of Duty é uma série essencial e sem equivalente direto no mercado. Segundo a empresa, a PlayStation não teria condições de competir de maneira justa.

O anúncio do acordo com Nintendo e Valve, dona do Steam, parece ser uma resposta a recentes rumores de que a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos planeja impedir a compra da Activision Blizzard. Segundo rumores reportados pelo The New York Times, o órgão deverá votar a questão em uma reunião fechada nesta quinta-feira (8) e há preocupações antitruste sobre a possibilidade de um monopólio.

Em 8 de novembro a Comissão Europeia afirmou que irá iniciar uma investigação mais profunda sobre os impactos da compra, ao afirmar que a Microsoft teria incentivos econômicos em impedir que seus competidores tivessem acesso aos jogos de sucesso da Activision Blizzard, citando Call of Duty. Já o órgão de Autoridade em Competição & Mercados do Reino Unido está preocupado também com a competição em mercados futuros, como jogos na nuvem, onde a empresa tem o Xbox Cloud Gaming. Alguns órgãos, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), no Brasil, e a Autoridade Geral da Concorrência (GAC), na Arábia Saudita, já aprovaram a compra.

Compra da Activision Blizzard pela Microsoft daria acesso para a empresa a títulos como Call of Duty, Diablo, Overwatch e mais — Foto: Reprodução/Microsoft 2 de 3 Compra da Activision Blizzard pela Microsoft daria acesso para a empresa a títulos como Call of Duty, Diablo, Overwatch e mais — Foto: Reprodução/Microsoft

Compra da Activision Blizzard pela Microsoft daria acesso para a empresa a títulos como Call of Duty, Diablo, Overwatch e mais — Foto: Reprodução/Microsoft

Em ocasiões anteriores, a Microsoft já alegou que pretende continuar liberando os jogos da série Call of Duty "enquanto houver um PlayStation para lançar", oferecendo, inclusive, acordos de exclusividade com períodos predeterminados à Sony. A empresa afirma que é preciso estabelecer um tempo limite por questões legais, mas que poderiam oferecer os games mesmo após o período combinado. A Microsoft, no entanto, deu declarações semelhantes na compra da Zenimax, empresa mãe da Bethesda, e posteriormente tornou exclusivos do Xbox títulos futuros, como The Elder Scrolls 6 e Starfield.

Um analista da Kantan Games, Serkan Toto, afirmou que o timing da declaração é "claramente um golpe publicitário" ligado às negociações da compra da empresa. Segundo Toto, o Nintendo Switch teve mais de 110 milhões de jogadores no último ano, então "se a Activision Blizzard realmente tivesse interesse em trazer Call of Duty para a plataforma poderia tê-lo feito nos últimos 3 ou 4 anos".

Call of Duty: Modern Warfare 2 trouxe a série de volta ao Steam após um período exclusivo na loja digital Battle.net da Activision — Foto: Reprodução/Steam 3 de 3 Call of Duty: Modern Warfare 2 trouxe a série de volta ao Steam após um período exclusivo na loja digital Battle.net da Activision — Foto: Reprodução/Steam

Call of Duty: Modern Warfare 2 trouxe a série de volta ao Steam após um período exclusivo na loja digital Battle.net da Activision — Foto: Reprodução/Steam

O Presidente da Valve, Gabe Newell, falou com o site de jogos que não aceitou a oferta da Microsoft, mas apenas porque não viu necessidade de oficializar os termos. "Estamos felizes que a Microsoft quer continuar a usar o Steam para alcançar consumidores com Call of Duty quando sua aquisição da Activision se encerrar", disse Newell. Porém, ele afirmou que não acredita que empresas precisem firmar acordos para levar seus jogos ao Steam em um futuro distante e que Phil Spencer e seu time sempre mantiveram sua palavra no que se propuseram a fazer e em suas intenções.

A série Call of Duty retornou recentemente ao Steam com Call of Duty: Modern Warfare 2 após ter ficado ausente da plataforma por 5 anos, durante os quais apenas era possível comprar os jogos da empresa na loja da Activision Blizzard, a Battle.net.

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