Conheça Juízo, documentário sobre reformatório disponível na Netflix

O documentário brasileiro 💥️Juízo ganhou destaque nas redes sociais após entrar no catálogo da Netflix. Lançado em março de 2008, a produção narra o cotidiano de menores de idade internos no Instituto Padre Severino, antigo reformatório para jovens infratores do Rio de Janeiro extinto em 2012. Trechos da obra postados no TikTok viralizaram ao mostrar adolescentes durante o julgamento, acompanhados pelos pais, defensores públicos, promotores e as juízas responsáveis, como Luciana Fiala.

A obra tem direção e roteiro de Maria Augusta Ramos e é uma realização das produtoras Diler & Associados e Nofoco Filmes. Juízo ocupa o 67º lugar na lista do livro Documentário Brasileiro – 100 Filmes Essenciais, organizada pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (ABRACCINE). Se você ficou curioso com o documentário e quer saber mais sobre enredo e repercussão entre público e crítica, confira mais informações a seguir.

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2 de 4 A diretora Maria Augusta Ramos acompanhou por meses a rotina de jovens infratores em um centro de internação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/JustWatch

A diretora Maria Augusta Ramos acompanhou por meses a rotina de jovens infratores em um centro de internação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/JustWatch

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Enredo de Juízo

A diretora Maria Augusta Ramos e sua equipe vão até o reformatório Instituto Padre Severino para a acompanhar o dia a dia dos internos. São jovens detidos por crimes como assalto à mão armada, tráfico de drogas e até homicídios. A parte central do documentário é acompanhar o julgamento dos adolescentes, onde o espectador conhece parte de sua história e como eles vieram a cometer crimes, além de conhecer o tipo de tratamento que o judiciário brasileiro oferece aos jovens negros e pobres detidos no sistema penal.

Como o Estatuto da Criança e do Adolescente não permite a divulgação de imagens de menores de idade envolvidos em atos infracionais, todos os internos que aparecem no filme não tem o rosto revelado. Nas cenas reais de julgamento, apenas as costas do menor infrator aparecem. Já nas tomadas de frente, foram filmados jovens moradores de comunidades periféricas do Rio de Janeiro e sem experiência com teatro para a compor o restante das cenas. Vale lembrar que nenhum dos jovens que topou participar da encenação teve problemas com a lei.

3 de 4 Os internos não tiveram o rosto mostrado no documentário. Em substituição, foram utilizadas encenações com outros jovens sem conflito com a justiça — Foto: Divulgação/Netflix

Os internos não tiveram o rosto mostrado no documentário. Em substituição, foram utilizadas encenações com outros jovens sem conflito com a justiça — Foto: Divulgação/Netflix

Repercussão entre público e crítica

Em votação de 250 usuários no IMDb, Juízo tem nota 7,5 entre o público. Já na plataforma Letterboxd, o filme obteve 3.6/5 estrelas, com base em 1.464 avaliações. Durante sua exibição nos cinemas, o documentário marcou presença em festivais nacionais e internacionais de cinema, como a 31ª Mostra de Cinema de São Paulo, Festival Internacional de Documentário e Animação de Leipzig (Alemanha), Festival Internacional de Cinema de Rotterdam (Países Baixos), Human Rights Film Festival (Nova Iorque, EUA), Festival do Rio, entre outros.

Após a inclusão do filme na Netflix, usuários do TikTok têm repercutido na rede social trechos do documentário onde mostram a juíza Luciana Fiala interrogando alguns dos adolescentes durante o julgamento. Alguns dos vídeos têm mais de um milhão de visualizações.

4 de 4 Usuários do TikTok têm repercutido cenas do documentário na rede social — Foto: Reprodução/Jonathan Firmino

Usuários do TikTok têm repercutido cenas do documentário na rede social — Foto: Reprodução/Jonathan Firmino

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