Museu Tenement inclui narrativa afro-americana

Recriação do cotidiano de Joseph e Rachel Moore em Nova York na Guerra Civil. | Foto: Charly Triballeau/AFP

O Museu Tenement, localizado no Lower East Side de Nova York, ampliou sua narrativa para incluir a história de Joseph e Rachel Moore, um casal afro-americano que viveu em Manhattan durante a Guerra Civil (1861-1865). O apartamento recriado oferece uma visão da vida de Joseph, que trabalhava como garçom ou cocheiro, e Rachel, empregada doméstica. O casal enfrentou as adversidades da vida em uma das décadas mais racistas da história dos Estados Unidos.

A inclusão da história dos Moore destaca a missão do Museu Tenement de proporcionar uma experiência imersiva sobre a vida dos imigrantes que se estabeleceram em Nova York nos séculos 19 e 20. A reconstrução dos apartamentos na Orchard Street oferece aos visitantes um mergulho nas experiências das comunidades que ajudaram a construir a cidade.

Apesar de críticas iniciais, acusando o museu de “reescrever a história”, a inclusão dos Moore, que moravam no distrito de SoHo, representa um esforço importante para ampliar a representação das classes trabalhadoras de Nova York do final do século 19.Para Kathryn Lloyd, vice-presidente de programas do museu, contar a história dos Moore é crucial para entender as dinâmicas das famílias que se mudaram dentro dos Estados Unidos e oferece uma perspectiva mais ampla da identidade americana.

A história de Rachel Moore, a primeira geração de sua família nascida livre, e Joseph, que chegou a Nova York dez anos depois de Nova Jersey, é particularmente significativa em um contexto em que os afro-americanos conquistavam direitos pela primeira vez. Mesmo com a perda do rastro de Rachel a partir de 1870, a história do casal e a recriação de seu apartamento oferecem uma visão de uma parte da história de Nova York.

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