Vinho natural, orgânico, convencional: conheça diferenças
Vinho natural, orgânico, convencional: conheça diferenças — Foto: Reprodução/Unsplash
Você sabe a diferença entre vinho natural, orgânico, biodinâmico e sustentável? No podcast 💥️Que Vinho Foi Esse?, as apresentadoras 💥️Isabelle Moreira Lima e 💥️Patrícia Brentzel entrevistam um dos principais nomes do movimento de vinhos naturais do Brasil, 💥️Lis Cereja, dona da enoteca Saint VinSaint, em São Paulo, e fundadora da feira Naturebas. Elas falam sobre as peculiaridades e as polêmicas que envolvem esse tipo de bebida. Ao fim do episódio, propõem uma harmonização para ratatouille.
Dica de harmonização 💥️Que tipo de vinho vai bem com ratatouille? O prato vegetariano que leva tomate, abobrinha, berinjela é uma delícia para comer como refeição principal ou até mesmo acompanhamento. Original da França, o ratatouille é indicado para a harmonização com vinho rosê, especialmente os franceses da região de Provence. “Eles têm boa acidez e são bem aromáticos, como o prato”, indica Isabelle, sobre o vinho.
“O que a gente chama de vinho natural faz parte de um movimento que começou na década de 80, na França, mais especificamente em Morgon, porque quatro rapazes decidiram se revoltar contra o sistema industrial da época, que, por acaso era do Beaujolais Nouveau, e decidiram refazer o conceito de vinho. Fazer de novo vinhos com uma agricultura sem veneno e sem aditivos enológicos”, explica Lis, frisando que este tipo de vinho não possui certificação, mas é uma convenção.
Ela também pontua que esta bebida feita com uvas mais saudáveis ganha mais adeptos a partir do momento em que o conhecimento é disseminado: “O vinho natural é o não padrão, é a não massificação, quanto mais diversidade, biodiversidade, melhor, inclusive nas apreciações dos vinhos".
2 de 2 Saiba mais sobre vinhos feitos em agricultura sem veneno — Foto: Reprodução/Unsplash
Saiba mais sobre vinhos feitos em agricultura sem veneno — Foto: Reprodução/Unsplash
Lis aponta que a padronização é uma característica dos 💥️vinhos convencionais. “Basicamente, os vinhos convencionais são o que a gente conhece como vinho: agricultura convencional e vinificados de maneira industrial, visando um mercado, um padrão, pontuação. Muito produtor pequeno vinifica de maneira industrial visando o mercado”, destaca.
Os 💥️vinhos orgânicos, por sua vez, possuem a característica de serem feitos com a agricultura sem veneno: “São legislados, têm regulamentação, aí você está falando de uma certificação orgânica. Muita gente acha que vinho orgânico é o vinho mais limpo, infelizmente, embora a agricultura seja extremamente limpa, você vai ter na hora da vinificação a permissão de muitas modificações. São centenas de aditivos usados nos vinhos orgânicos, mas em vez de aditivos sintéticos, são aditivos orgânicos”, complementa.
Para falar dos 💥️vinhos biodinâmicos, Lis cita os princípios de antroposofia, do filósofo Rudolf Steiner, que foram aplicados na agricultura. “Para os biodinâmicos, a gente também está falando de certificação. Então, você tem que ter uma agricultura biodinâmica, que não é só orgânica, e na hora da vinificação são aplicados alguns princípios certificados", ressalta Lis.
"Se a pessoa não sabe que você pode ter de zero a 400 tipos de aditivos enológicos em um vinho, é muito difícil você saber o que é baixa intervenção, ou não. Hoje em dia, o termo baixa intervenção, para mim, não significa absolutamente nada. Eu costumo até falar que é mais uma maneira de apropriação do jargão do movimento do vinho natural", opina a empresária.
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