O papel da moda nos movimentos feministas ao longo da história

A moda, como expressão cultural e social, é um reflexo da sociedade em que vivemos, e,💥️ no Dia Internacional da Mulher, o gshow quer saber qual o papel dela em movimentos feministas ao longo da história.

Atualmente, por exemplo, é possível ver o movimento feminista literalmente estampado em camisetas, com frases empoderadas com "Lute Como Uma Garota" ou The future is female" ("O futuro é feminino").

O papel da moda nos movimentos feministas ao longo da história — Foto: Pexels 1 de 5 O papel da moda nos movimentos feministas ao longo da história — Foto: Pexels

O papel da moda nos movimentos feministas ao longo da história — Foto: Pexels

Esse movimento recente começou em 2017, com a diretora criativa Maria Grazia Chiuri, da Dior, que trouxe a pauta feminista com a camiseta 'we should all be feminists (todos deveriam ser feministas, em português)', titulo do livro de Chimamanda Ngozi.

Rapidamente, essas camisetas viraram tendência, foram usadas e copiadas no mundo todo.

Isis Valverde já usou o modelo da Dior com frase 'we should all be feminists' — Foto: Raphael Dias/gshow 2 de 5 Isis Valverde já usou o modelo da Dior com frase 'we should all be feminists' — Foto: Raphael Dias/gshow

Isis Valverde já usou o modelo da Dior com frase 'we should all be feminists' — Foto: Raphael Dias/gshow

Para a consultora Renata Bittencourt, essa propagação mais recente do feminismo na moda permite que mais pessoas participem do debate:

Mas essa pauta não é de hoje. Ela começa mesmo no século XX, quando a feminista americana Amelia Bloomer propôs uma peça que ganhou o nome dela, que era uma espécie de ceroula, uma calça que permitia que as mulheres andassem de bicicleta e tivessem muito mais mobilidade para se locomover.

Especialista em história e comunicação de moda, Dudu Bertholini explica que Bloomer foi perseguida e ridicularizada nos jornais pela ideia: "Outras mulheres foram presas por usar a peça. A provocação é muito além da estética. Por trás dela, havia um desejo de emancipação e o patriarcado queria impedir essas transformações."

Amelia Bloomer criou uma calça que permitia que as mulheres andassem de bicicleta e tivessem muito mais mobilidade para se locomover — Foto: Fashion History Museum/Reprodução 3 de 5 Amelia Bloomer criou uma calça que permitia que as mulheres andassem de bicicleta e tivessem muito mais mobilidade para se locomover — Foto: Fashion History Museum/Reprodução

Amelia Bloomer criou uma calça que permitia que as mulheres andassem de bicicleta e tivessem muito mais mobilidade para se locomover — Foto: Fashion History Museum/Reprodução

Por volta dos anos de 1910, a moda eliminou o espartilho, que era uma peça extremamente apertada e desconfortável. E muitas mulheres não podiam nem viver mais sem os espartilhos porque perderam a força das costelas e da cinturas.

Pouco depois, Coco Chanel, uma das estilistas mais famosas do mundo, promoveu a retomada do uso das calças por mulheres. A simplificação das roupas, como o uso calças, por exemplo, vinha na contramão do que se esperava da moda na época. O movimento sexista e machista da moda queria as mulheres cada vez mais arrumadas e "exóticas".

Já nos anos 20, as mulheres simplificam o guarda-roupa feminino, gerando uma grande transformação social para muito além da moda.

Até que nos anos 40, com a chegada da Segunda Guerra Mundial, os homens vão para guerra e não voltam para casa e as mulheres precisam, pela primeira vez na história, assumir a função dos homens. As mulheres passam a usar macacão, casacos com ombreiras, cortam os cabelos...

Após a Segunda Geurra Mundial, mulheres passam a usar macacão, casacos com ombreiras, cortam os cabelos... — Foto: Fashion History Museum/Reprodução 4 de 5 Após a Segunda Geurra Mundial, mulheres passam a usar macacão, casacos com ombreiras, cortam os cabelos... — Foto: Fashion History Museum/Reprodução

Após a Segunda Geurra Mundial, mulheres passam a usar macacão, casacos com ombreiras, cortam os cabelos... — Foto: Fashion History Museum/Reprodução

Outro momento muito importante foi a famosa queima dos sutiãs, mas que não foi propriamente uma queima só de sutiãs. Em 1968, aconteceu um protesto na frente de um concurso de beleza, em que feministas fizeram uma fogueira com elementos considerados opressores para as mulheres.

Tinha salto alto, meia-calça, detergente de lavar louça, e também os sutiãs: "O protesto acabou virando um símbolo de resistência feminista."

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