Agnes Nunes diz que música foi ‘escape’ de racismo na escola: ‘Falavam coisas terríveis sobre meu cabelo’
Música boa e com muito romantismo. É assim que a cantora baiana 💥️Agnes Nunes, de apenas 19 anos, entoa seus graves e agudos no 💥️Conversa com Bial💥️. Sucesso na internet, a jovem artista já gravou com Ivete Sangalo e Xamã, seus ídolos. Hoje ela faz questão de enaltecer seu sotaque nordestino, que quase foi vetado no começo da carreira por uma professora. Confira melhores momentos da entrevista!
1 de 1 Conversa com Bial recebe a cantora Agnes Nunes — Foto: GloboConversa com Bial recebe a cantora Agnes Nunes — Foto: Globo
“O amor é um dos principais temas das minhas músicas. Minha primeira composição foi aos 15 anos, quando comecei a namorar. Eu tentava me encaixar na vida daquela pessoa... E foi minha primeira dor de cotovelo.", afirma a cantora.
“Eu cresci no sertão da Paraíba e minha escola ficava perto da minha casa. Fazia o caminho à pé e sempre escutava as piores coisas que uma criança podia ouvir. Na época, minha mãe estava me incentivando a usar o black power e as pessoas gritavam e falavam coisas terríveis sobre o meu cabelo. E as crianças são cruéis e me excluíam das atividades...", resumiu ela.
Mãe e avó de Agnes sempre gostaram muito de ouvir música em casa. Na infância, a bebê Agnes ficava tranquila ao ouvir canções da MPB, Bossa Nova, Forró Pé de Serra e com poemas. E para homenagear a jovem cantora, a mamãe Cida mandou recado emocionate e entregou história divertida sobre data de nascimento errada, que virou tatuagem no pulso da cantora.
“Ela tatuou o meu ano de nascimento no braço. Achei lindo e me emocionei, mas eu nasci em 1982 e não em 83, mas ganhei um ano e fiquei mais jovem (risos). Virou o número da sorte dela!" lembrou a mãe da cantora.
“O Xamã e eu criamos uma relação bonita. E, para mim , ele é um dos maiores poetas do mundo. Eu aprendo muito com ele. Ele está aprendendo a tocar teclado e vamos fazendo essa troca.”
“A Elza (Soares) pra mim é um dos maiores símbolos de força da mulher. Ela perdeu um filho pra fome e continuou. Acho que uma coisa em comum que nós duas temos no quesito artista é querer cantar até o fim... Ela me pediu pra não deixar o samba morrer, e eu ei de cumprir”.
Agnes Nunes canta 'Lisboa'
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