O erro comum que custa caro; investidores costumam aplicar de trás para frente
Você já se perguntou por que, mesmo com tanto conteúdo disponível sobre investimentos, muitas pessoas continuam cometendo erros graves na hora de montar suas carteiras? O problema não é somente a falta de informação adequada, mas na maneira como as decisões são tomadas, ou seja, na ânsia de aplicar, etapas importantes são puladas. Um dos erros mais comuns é focar primeiro nos produtos de investimento, sem considerar a estratégia que melhor se adequa aos objetivos pessoais, ao cenário econômico e ao perfil de risco.
Quando um investidor me procura, é comum ouvir: "Quero investir em fundo imobiliário," "Estou pensando em um ETF," ou "Preciso de uma previdência privada." Esse tipo de abordagem, que coloca o produto no centro da decisão, é perigosa. Ela pode levar o investidor a adotar estratégias muito arriscadas ou desalinhadas com seus reais objetivos. Ao focar no produto, perde-se a visão global de outros produtos que, dentro da mesma estratégia, poderiam apresentar oportunidades melhores.
Esse foco no produto é muitas vezes reforçado por "educadores financeiros" nas mídias sociais. Esses "gurus" geralmente têm um objetivo claro: vender cursos. Eles demonizam certos produtos e glorificam outros, criando uma ilusão sobre o real balanço entre retorno e risco. Esse tipo de orientação pode ser desastroso para quem busca construir uma carteira sólida e equilibrada.
O primeiro passo e mais importante antes de escolher onde investir é entender qual seu objetivo de retorno e risco. Em seguida, você passa para a seleção da estratégia que atende a este objetivo de retorno e risco e ao mesmo tempo está alinhada com o cenário econômico prospectivo.
Escolher uma estratégia não é selecionar produtos, mas definir a alocação nas classes de ativos: quanto investir em renda fixa atrelada ao IPCA, em títulos pós-fixados, em renda variável nacional e internacional, e assim por diante. Compreender as perspectivas de retorno e risco para cada classe de ativos é fundamental para uma alocação eficiente.
A escolha do produto é apenas o terceiro passo. Nesse estágio, entram em jogo as características de liquidez, horizonte de investimento e até mesmo a precificação do produto dentro da classe de ativos. Por exemplo, ao optar por um investimento em renda fixa referenciada ao IPCA, pode haver um produto que, apesar de mal visto por seu risco em outra categoria, ou por uma experiência passada, oferece uma perspectiva de retorno mais atrativa dentro do contexto da renda fixa.
Considere também a situação em que você deseja ter 3% de exposição à Bolsa americana a longo prazo, com menor exposição a oscilação e sem necessidade de liquidez imediata. Se a Bolsa está próxima de seu máximo, pode ser mais prudente escolher um veículo de investimento que garanta um mínimo de retorno de 10% ao ano, em vez de um que oferece liquidez mas arrisca uma queda de 10% logo após a aplicação.
No fim das contas, o produto é apenas um veículo para acessar uma classe de ativos que foi definida pela estratégia selecionada. Iniciar a jornada de investimento pela escolha do produto é inverter a lógica do processo e abrir caminho para decisões potencialmente desastrosas. A verdadeira arte de investir começa pela definição clara do objetivo de retorno e risco, seguida pela escolha da estratégia que guiará todas as decisões subsequentes, aumentando significativamente as chances de atingir os objetivos financeiros com segurança e eficiência.
Michael💥️ Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da 💥️Casa do Investidor💥️.
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