Com Koji Yakusho, Família mostra brasileiros no Japão em melodrama com máfia

A introdução de "Família" pode enganar o espectador desavisado. Koji Yakusho, um dos principais atores do cinema japonês, vive um personagem que lembra a placidez do faxineiro de "Dias Perfeitos", indicado no último Oscar. Dessa vez, ele é um ceramista, dedicado a estilo bastante tradicional desse ofício. É o próprio artesão, silencioso e dedicado, quem vai atrás da matéria-prima e faz a queima em sua oficina, nos arredores da cidade de Toyota.

Mas os primeiros diálogos do filme, bem como a cartela do título, são em português, entre os "bom dia" de uma massa de brasileiros, numa tomada aérea que circula pelo Homi Danchi, um conjunto habitacional do lugar, onde hoje, estima-se, moram mais de 5.000 imigrantes do nosso país.

Desde o princípio há uma oposição entre Seiji, o sujeito introspectivo que Yakusho interpreta com seriedade, e essa população latina, que inclui também gente de outros países da América do Sul, mão de obra para a indústria de autopeças local.

Esses caminhos vão se cruzar pelo acaso, carregado entre tintas de melodrama, crime, sangue e xenofobia, pelas mãos de Izuru Narushima, que dirige a partir do roteiro de Kiyotaka Inagaki. Apesar de alguns exageros, o cineasta, com quase 30 anos de carreira, estreia nos cinemas brasileiros com as garantias de ter traduzido uma realidade.

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