O Diabo na Rua no Meio do Redemunho continua vivo além do cinema

"O cinema morreu!" Quem me disse isso foi o cineasta Geraldo Sarno, em fevereiro de 2023, um mês antes do início da pandemia. Essa frase me perseguiu durante os 126 minutos de "O Diabo na Rua no Meio do Redemunho", novo filme da artista multimídia Bia Lessa.

A sétima arte ainda é capaz de refletir em profundidade e comunicar essa reflexão ao grande público? Sarno acreditava que não e recorria a Guimarães Rosa, em célebre entrevista ao crítico alemão Günter Lorenz em 1965: "Como escritor, não posso seguir a receita de Hollywood, segundo a qual é preciso sempre orientar-se pelo limite mais baixo do entendimento. Portanto, torno a repetir: não do ponto de vista filológico e sim do metafísico, no sertão fala-se a língua de Goethe, Dostoiévski e Flaubert, porque o sertão é o terreno da eternidade, da solidão, onde interior e o exterior já não podem ser separados".

O cartaz informa que o filme é "calcado" na obra "Grande Sertão: Veredas". O adjetivo não é usual no cinema. Renuncia-se ao adaptado, forma mais comum para se referir a um filme cuja origem textual está na literatura ou em outra arte.

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