Dirigente do PRTB ao lado de Marçal já foi preso e condenado por extorsão mediante sequestro

Um dos homens vinculados ao PRTB municipal, que esteve no palco ao lado do empresário Pablo Marçal (PRTB) na convenção que confirmou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo, tem passagens pelo sistema penitenciário paulista e já foi condenado por extorsão mediante sequestro.

Maiquel Santos de Assis aparece como vice-presidente do diretório municipal da legenda em informações prestadas à Justiça Eleitoral. Ele tem fotos com Marçal e é seguido nas redes sociais pela vice na chapa do empresário, a policial Antônia de Jesus.

Assim como outras figuras do partido, Maiquel foi anunciado no microfone no início da convenção. Ele sentou-se ao lado de Levy Fidelix Filho, herdeiro do fundador da sigla, Levy Fidelix, e presidente do diretório municipal.

Marçal, por sua vez, ficou entre Levy e o presidente nacional, Leonardo Avalanche, que, conforme mostrou a 💥️Folha, disse em áudio ter ligação com a facção criminosa PCC.

A reportagem procurou a pré-campanha de Marçal para perguntar se ele tem ciência sobre o passado do colega de partido e qual a relação entre eles, mas não obteve retorno. A 💥️Folha também não conseguiu contato com o próprio Maiquel.

Maiquel ficou preso de 2009 a 2013, quando obteve liberdade condicional. Ele passou pelos centros de detenção provisória de Belém e de Pinheiros e pela penitenciária Dr. Danilo Pinheiro, em Sorocaba (SP).

Em 2011, a 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a sentença de primeiro grau que condenou Maiquel a oito anos de reclusão pelo crime de extorsão mediante sequestro. Também aceitou parcialmente recurso do Ministério Público para fixar o regime inicial fechado para cumprimento da pena.

Segundo a peça inicial acusatória, em maio de 2009, no bairro São Miguel Paulista (zona leste da capital), Maiquel participou de um sequestro ao lado de dois comparsas, sendo um deles um policial militar. O objetivo inicial era cobrar R$ 50 mil da família da vítima para que ela fosse libertada.

Quando a vítima, um homem, chegou em sua casa, foi abordado pelos três acusados, que se apresentaram como policiais e disseram que ele estava preso. Dois deles portavam arma de fogo. Eles o algemaram e o obrigaram, mediante ameaças, a entrar em um veículo.

A vítima e os acusados ficaram no interior do automóvel das 11h20 até por volta das 23h. Neste período, segundo a acusação, os sequestradores —entre eles Maiquel—, entregaram-lhe um aparelho celular para que ele entrasse em contato com a mulher e exigisse o resgate.

Um amigo da família assumiu as negociações, conseguiu reduzir o valor para R$ 25 mil e marcou o local de entrega numa churrascaria no shopping Center Norte.

Esse amigo comunicou os fatos à Polícia Militar, e uma viatura da Rota o acompanhou até o local, frustrando os planos dos bandidos e prendendo um deles, que posteriormente teria revelado a identidade dos demais.

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