Destruição do SEF foi “atentado à soberania e aos direitos humanos”, diz se
Telmo Correia falou num comício da AD da campanha para as europeias, em Santarém, e nacionalizou o voto no próximo dia 09 de junho, pedindo aos portugueses que deem “o benefício da dúvida a quem quer mudar o país” em alternativa “aos que se juntam em coligações negativas”, numa referência ao PS e Chega.
O também vice-presidente do CDS-PP elogiou o cabeça de lista da AD, Sebastião Bugalho, e rejeitou as críticas que lhe fazem por ser muito novo, deixando uma comparação.
“O último Governo ter-se-á esquecido de uma figura da história de Portugal em relação à qual se celebram os 500 anos, que se chama Vasco da Gama, tinha 29 anos quando chegou à Índia. Os grandes feitos da nossa história foram muitas vezes de jovens de coragem”, afirmou.
Na sua intervenção, o secretário de Estado da Administração Interna deixou fortes críticas ao anterior governo na área da política migratória, que considerou central para a Europa e para Portugal”.
“Aquilo que foi feito nos últimos anos em Portugal é um atentado à nossa soberania, mas é também um atentado aos direitos humanos”, acusou.
Para o secretário de Estado, “destruir uma estrutura como o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) sem o substituir por uma realidade competente prejudica quem veio para Portugal trabalhar e acaba na rua e na miséria”.
“O que está a acontecer junta o pior do laxismo socialista (…) ao pior da exploração, ao pior do tráfico humano, àquelas que são verdadeiras redes de novos negreiros que trazem pessoas para ser exploradas”, criticou.
Telmo Correia defendeu que a política do Governo PSD/CDS-PP será outra: “A nossa opção é rigor na entrada, humanismo na integração”, disse.
O antigo líder parlamentar do CDS-PP deixou um desafio aos eleitores portugueses, em jeito de pergunta.
“Queremos dar força a quem está a mudar o país ou queremos dar força aos que todos os dias se juntam aos populistas em coligações negativas para não deixar mudar este país?”, questionou.
Telmo Correia acusou o Governo de ter deixado muitos problemas por resolver em várias áreas nos últimos anos, nomeadamente na área da saúde.
“Porque é que a saúde chegou a este estado? Quem foram os responsáveis por uma saúde caótica? Estou a encontrar uma destinatária”, afirmou, numa referência implícita à cabeça de lista do PS e ex-ministra da Saúde Marta Temido.
O governante deixou igualmente um remoque ao líder do PS, Pedro Nuno Santos.
“Ouvi o secretário-geral do PS dizer que tínhamos um ‘powerpoint’. Antes um ‘powerpoint’ que um ‘whatsapp’, apesar de tudo”, disse, numa alusão à forma como Pedro Nuno Santos autorizou a polémica indemnização à ex-administradora da TAP Alexandra Reis quando era ministro das Infraestruturas.
Num comício ao final da tarde, que juntou algumas dezenas de pessoas no largo do seminário de Santarém e onde esteve também presente o secretário de Estado da Agricultura João Moura, o “aquecimento” foi feito por um DJ com músicas dos anos 70 e 80.
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