Veja 20 respostas sobre terapia de reposição hormonal para menopausa
Não tem para onde fugir. Toda mulher enfrentará o climatério e, logo depois, a menopausa. O processo faz parte do relógio biológico feminino, e a transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva costuma acontecer a partir dos 45 anos. No caso das brasileiras, isso acontece por volta dos 48 anos, em média, segundo um estudo publicado em 2022 no periódico Climacteric.
Os desconfortos são bem conhecidos: ondas de calor (os famosos fogachos), alterações de humor, diminuição da libido, aumento de peso, ansiedade e até depressão. A intensidade dos sintomas varia, mas eles atingem cerca de 70% das mulheres e costumam durar alguns anos.
No entanto, essas manifestações podem ser amenizadas com acompanhamento médico e tratamento adequado: a terapia de reposição hormonal (TH). Segundo o estudo brasileiro, apesar dos efeitos indesejados da menopausa afetarem a maioria das mulheres por aqui, somente 52% delas fazem algum tratamento; entre as que tratam, apenas 22% recorreram à TH.
Dentre os motivos para não se tratarem estão a falta de informação e receios sobre os impactos da reposição hormonal na saúde. "A terapia hormonal melhora muito a qualidade de vida das mulheres no climatério, mas o acompanhamento deve ser feito de forma individualizada por um ginecologista. É esse médico que vai avaliar a saúde da mulher como um todo e fazer a prescrição da via e da dose hormonal mais segura para cada paciente, de acordo com suas individualidades", explica a ginecologista e obstetra Vanessa Parejo Clara, do Setor Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein.
A seguir, confira as respostas da médica para 20 perguntas sobre a terapia de reposição hormonal na menopausa:
1. O que é a terapia de reposição hormonal feminina?
É o tratamento mais efetivo para alívio dos sintomas da perimenopausa e da pós-menopausa, período em que há uma queda considerável dos níveis hormonais femininos, levando a uma série de sintomas que podem prejudicar a qualidade de vida da mulher e sua saúde.
A queda do estrogênio (ou hipoestrogenismo) é a principal causa desses sintomas, por isso sua reposição é indispensável para a melhora dos incômodos e da qualidade de vida nessa fase.
Essa terapia envolve a administração de estrogênio isolado ou associado a um progestagênio em diferentes doses e regimes terapêuticos, que devem ser individualizados de acordo com o histórico e os riscos individuais de cada mulher.
2. Para que é indicada?
A terapia de reposição hormonal (TH) é indicada para alívio dos sintomas causados pelo hipoestrogenismo, entre eles os vasomotores (fogachos ou "ondas de calor"), genito-urinários (atrofia ou ressecamento vaginal, ardência, incontinência urinária, infecção urinária de repetição na menopausa), diminuição de libido, indisposição, oscilação do humor e da qualidade do sono e na prevenção de osteoporose.
3. Todas as mulheres precisam fazer a reposição hormonal quando entrarem na menopausa?
Não. Em geral, não havendo contraindicação, o que vai determinar a indicação da reposição hormonal, bem como qual a melhor via de uso dela, serão o conjunto de sintomas e a intensidade deles.
4. Qual médico é indicado para avaliar a necessidade de reposição?
Ginecologistas. São esses especialistas que acompanham a saúde da mulher de forma geral e lidam com questões hormonais femininas ao longo de todas as fases da vida.
O que você está lendo é [Veja 20 respostas sobre terapia de reposição hormonal para menopausa].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments