SPAVC incentiva a realização de atividades de sensibilização e revela que 80% dos doentes com AVC sofre de hipertensão arterial
“Este dia é a efeméride anual mais importante para a SPAVC. É uma data que assinalamos há mais de 20 anos, cujo objetivo primordial foi e será sempre a consciencialização sobre o impacto do AVC”, refere Cristina Duque, Embaixadora nacional da SPAVC para este dia. A SPAVC tem como missão “falar sobre os sinais de alerta do AVC, os chamados 3 F’s, instruir sobre as formas de prevenção da doença, alertar para os fatores de risco vascular e incentivar um estilo de vida saudável”, comenta a neurologista. Acrescenta que “é um dia dedicado à educação da população, mas também à valorização dos profissionais de saúde e associações de doentes e sobreviventes de AVC”.
A cada minuto que passa, em contexto de AVC, perdem-se 2 milhões de neurónios, por isso, todos os segundos contam. Se conseguirmos tratar e melhorar a hipertensão arterial, o colesterol e a diabetes, vamos reduzir a probabilidade do AVC ocorrer.
Durante a designada “Quinzena do AVC”, compreendendo o período de 23 de março a 7 de abril, irão decorrer diversas atividades organizadas por diferentes instituições, com chancela da SPAVC, tais como “rastreios de fatores de risco vascular, palestras informativas sobre a prevenção primária e secundária, e atividades de promoção da saúde como caminhadas”, acrescenta a médica.
Para a SPAVC, é fundamental que as mensagens de sensibilização sobre o AVC sejam reforçadas ano após ano. “Esperamos que a informação chegue a cada vez mais pessoas porque, apesar de todas as inovações nos tratamentos e de toda a comunicação que tem vindo a ser veiculada, o AVC continua a ser a principal causa de mortalidade e incapacidade em Portugal”, explica a especialista que também é membro do grupo de jovens J-SPAVC. “É importante que a população entenda a gravidade desta doença que, apesar de tudo, é prevenível e tratável, o que reforça a ideia de que parte da luta contra o AVC depende muito das pessoas”, acrescenta. A SPAVC defende que a população assume um papel fundamental, por um lado, pela “identificação dos sinais de alerta (alteração na fala, na face e na força num dos membros do corpo) que permite que o doente recorra a um serviço de urgência o mais rápido possível e, por outro, pelo conhecimento dos fatores de risco vascular e da importância de um estilo de vida saudável”.
Como Embaixadora deste Dia Nacional, Cristina Duque “encoraja todas as comunidades locais, hospitais, centros de saúde, instituições sociais e associações de doentes a assinalarem, com a SPAVC, este dia tão importante. Nunca é demais relembrar que devemos estar sempre atentos aos sinais desta doença e que juntos conseguimos combater e melhorar o AVC em Portugal”. Já Vítor Tedim Cruz reforça que “a luta contra o AVC faz-se nos hospitais, unidades de AVC, Vias Verdes e centros de reabilitação, mas também, e sobretudo, em casa, nas famílias, nas escolas e comunidade, através da correção, todos os dias, dos fatores de risco e reduzindo o peso de tudo o que nos aproxima de um AVC”.
Nesse sentido, têm sido muitos os rostos, desde figuras públicas bem conhecidas de todos, a equipas de Unidades de AVC, grupos de profissionais de saúde, administrações hospitalares, entre outros, a vestir a camisola e transmitir mensagens de alerta e prevenção, essenciais no combate ao AVC. Estes contributos têm sido partilhados nos canais digitais da SPAVC e podem ser acompanhados aqui.
Assista à mensagem, em vídeo, de Cristina Duque, enquanto Embaixadora nacional da SPAVC para o Dia Nacional do Doente com AVC, aqui.
Imagem: SPAVC.
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