Netanyahu diz que Lula da Silva cruzou linha vermelha
Facebook Twitter LinkedIN WhatsApp Messenger Email Lula da Silva comparou este domingo, em Adis Abeba, na cimeira da União Africana (UA), as operações militares israelitas com o Holocausto, acusando Israel de genocídio
O primeiro-ministro israelita considerou este domingo que “comparar Israel ao Holocausto nazi e a Hitler é cruzar uma linha vermelha”. Antes, o presidente do Brasil comparou as ações de Israel em Gaza com o extermínio de judeus no século XX.
“Israel luta pela sua defesa e para garantir o seu futuro até à vitória, e fá-lo respeitando o direito internacional”, afirmou Benjamin Netanyahu, que descreveu as palavras de Lula da Silva como “vergonhosas e sérias”.
O governante argumentou ainda que que procuram “banalizar o Holocausto” e “o direito de Israel de se defender”.
Lula da Silva comparou este domingo, em Adis Abeba, na cimeira da União Africana (UA), as operações militares israelitas com o Holocausto, acusando Israel de genocídio.
“O que está a acontecer na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio. O que está a acontecer na Faixa de Gaza com o povo palestiniano (…) já aconteceu quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou o chefe de Estado brasileiro.
Também este domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, convocou o embaixador do Brasil no país, Frederico Meyer, para uma reunião na segunda-feira. “Os comentários do Presidente brasileiro são vergonhosos e graves”, escreveu na rede social X Israel Katz.
Por seu turno, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, criticou Lula da Silva, na rede social X, por apoiar “uma organização terrorista – o Hamas, e, ao fazê-lo, envergonhar o seu povo”.
Já a confederação israelita do Brasil afirmou, em comunicado, que “o governo brasileiro está a adotar uma posição extrema e desequilibrada em relação ao trágico conflito no Médio Oriente, abandonando a tradição de equilíbrio e procura de diálogo na política externa”.
A Federação Israelita do Estado de São Paulo, que reúne a maior parte da comunidade judaica no Brasil, também emitiu uma declaração, na qual afirma que “comparar a defesa legítima do Estado de Israel contra um grupo terrorista […] com a indústria da morte de Hitler é de uma maldade infinita”.
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