Ministros podem começar a mudar-se ainda este ano para o atual edifício sede da CGD 24
Este calendário foi referido por Mariana Vieira da Silva em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, depois de questionada sobre a evolução do processo de transferência e concentração de ministérios no edifício da GCD no Campo Pequeno.
“As obras estão em curso, o visto do Tribunal de Contas chegou no final de 2023. Estamos a preparar-nos para podermos fazer o primeiro conjunto de ministros que muda para o novo edifício, mas isso não é previsível para o primeiro trimestre de 2024”, respondeu a titular da pasta da Presidência.
Mariana Vieira da Silva afastou a possibilidade de alguma mudança acontecer antes das eleições legislativas de 10 de março, ou mesmo no período imediatamente posterior a esse ato eleitoral.
“Não tenho a expectativa que algum dos nossos próximos briefings se realize no novo edifício que o Governo ocupará. Mas tenho a expectativa que um próximo Governo já possa comunicar a partir de lá com frequência”, disse.
De acordo com Mariana Vieira da Silva, o atual executivo “está a trabalhar” para concretizar essa mudança, mas acentuou logo a seguir: “Não há a expectativa de isso acontecer com este Governo”.
Em março do ano passado, o Governo estimou em 40 milhões de euros o investimento a realizar até ao final da legislatura no processo de concentração de serviços do Estado no atual edifício sede da CGD.
“Nem todos os pisos do edifício da CGD terão a mesma necessidade de obras. Ao longo da legislatura, o investimento global estimado será de 40 milhões de euros”, adiantou nessa altura o secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas.
Já a ministra da Presidência optou por destacar que, “ao longo deste processo, prevê-se que o Estado possa libertar um conjunto significativo de edifícios, com ganhos de 600 milhões de euros, tendo em conta o preço do metro quadrado”.
Neste conjunto de edifícios, estão excluídos os do Terreiro do Paço por terem características próprias e específicas.
Na avaliação de 600 milhões de euros de receitas feita pelo Governo, estão incluídos os edifícios da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da Economia e do Mar, os do Ministério da Educação nas avenidas Infante Santo e 24 de Julho, mas também edifícios arrendados a privados, caso do Ministério da Saúde.
“Pretendemos naturalmente que esta operação seja favorável do ponto de vista da poupança para o Estado, não apenas ao nível financeiro, mas também em matéria de organização”, salientou Mariana Vieira da Silva.
Perante os jornalistas, além da componente financeira, a ministra da Presidência procurou também sustentar a tese da existência de avultados ganhos de eficiência resultantes concentração de serviços do Governo no edifício sede da CGD, destacando então as questões da eficiência energética e do arquivo de documento.
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