Borrell condena proposta de ministros israelitas sobre expulsão de palestinianos de Gaza 24
“Condeno com firmeza as declarações inflamatórias e irresponsáveis dos ministros israelitas Ben Gvir e Smotrich onde caluniam a população palestiniana de Gaza e pedem um plano para a sua emigração”, escreveu o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
Borrell reagia na rede social X às declarações do ministro da Segurança Nacional do Governo israelita, Itamar Ben Gvir, e do titular das Finanças, Bezalel Smotrich, ambos provenientes de colonatos e os principais ministros e extrema-direita do Governo de Benjamin Netanyahu, defensores da expulsão dos cerca de 2,3 milhões de palestinianos da Faixa de Gaza para voltar a colonizar o território.
“Os deslocamentos forçados estão estritamente proibidos e constituem uma grave violação do direito humanitário internacional. As palavras importam”, insistiu Borrell na sua mensagem no X (ex-Twitter).
O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque de 07 de outubro do movimento islamita palestiniano. Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também cerca de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde 07 de outubro a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 22.000 pessoas — na maioria mulheres, crianças e adolescentes — e feridas mais de 54 mil, também maioritariamente civis.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
Desde 07 de outubro, mais de 300 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, territórios ocupados pelo Estado judaico.
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