Presidente da Câmara de Nova Iorque acusado de agressão sexual 24

O documento de três páginas não contém pormenores sobre a alegada agressão, mas nomeia Adams, o departamento de trânsito do Departamento de Polícia de Nova Iorque e a Associação de Guardiões do mesmo departamento como arguidos.

“A queixosa foi agredida sexualmente pelo arguido Eric Adams em Nova Iorque, em 1993, quando ambos trabalhavam para a cidade de Nova Iorque”, lê-se na intimação, em que se pede um julgamento e cinco milhões de dólares (4,6 milhões de euros) de indemnização.

A queixa foi apresentada no Supremo Tribunal do Estado, em Manhattan.

Em declarações aos jornalistas na quinta-feira, Adams negou ter agredido sexualmente alguém e disse que não se lembra de ter conhecido a mulher.

“Não aconteceu absolutamente nada. Não me lembro de ter conhecido essa pessoa e nunca faria mal a ninguém nessa dimensão. Não aconteceu”, disse Adams.

Adams, um democrata, foi agente da Polícia de Nova Iorque que chegou a capitão antes de entrar na política. Foi senador estadual antes de se tornar presidente da câmara.

A intimação foi apresentada ao abrigo da Lei dos Sobreviventes Adultos, uma lei especial de Nova Iorque que criou uma suspensão de um ano relativamente ao prazo habitual para intentar uma ação judicial por alegada agressão sexual.

A lei abriu caminho a uma vaga de ações judiciais contra figuras públicas, por má conduta sexual, com uma série de casos a surgirem nas últimas semanas, antes da lei expirar hoje.

O mais recente foi um processo, apresentado também quarta-feira, em que uma mulher acusa o ator Jamie Foxx de agressão sexual, alegadamente ocorrida na esplanada de um restaurante da cidade norte-americana em 2015.

No último ano, a lei deu origem a mais de 2.500 processos, inclusive contra o antigo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o magnata do hip hop Sean “Diddy” Combs e o comediante e ator Russell Brand.

O processo surge numa altura em que Adams tem sido alvo de uma investigação do FBI à campanha de 2023, que levou os agentes a apreenderem os telemóveis e a fazerem uma rusga à casa do seu principal angariador de fundos para a campanha.

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