Ataque dos EUA matou combatentes pró-iranianos no Iraque 24
Depois de a base iraquiana de Ain al-Assad, onde estão estacionadas as tropas dos Estados Unidos, ter sido atacada por um “míssil balístico de curto alcance”, sem causar vítimas, o Exército norte-americano efetuou um ataque ao “veículo de uma milícia apoiada pelo Irão e a alguns combatentes apoiados pelo Irão envolvidos nesse ataque”, declarou Pat Ryder em comunicado, acrescentando que “vários” deles morreram.
Horas antes, um responsável militar norte-americano já tinha admitido o ataque com ‘drones’ (aeronaves não-tripuladas) a um veículo de forças pró-iranianas no Iraque, referindo então que fizera um morto e três feridos, um balanço agora atualizado mas ainda impreciso.
“As forças dos EUA responderam em autodefesa contra aqueles que realizaram o ataque”, disse o responsável militar, que respondia a perguntas sobre um ataque de ‘drones’ na madrugada de hoje na área de Abu Ghraib, a oeste de Bagdade, cujo alvo foi um veículo pertencente aos grupos armados pró-Irão Hachd al-Chaabi.
O ataque ocorreu num contexto de aumento das tensões regionais, com a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
O veículo atingido fazia parte de uma caravana de quatro viaturas.
Nos últimos dias, grupos armados próximos do Irão ameaçaram atacar as forças norte-americanas destacadas no Médio Oriente, devido ao apoio de Washington a Israel na sua guerra contra o Hamas.
A maioria dos ataques contra soldados norte-americanos e contra a coligação internacional no Iraque foi reivindicada por um grupo denominado Resistência Islâmica no Iraque, na plataforma digital Telegram.
Hoje, esse movimento anunciou que um dos seus combatentes foi morto em combate na batalha contra as forças norte-americanas no Iraque, sem relatar as circunstâncias desta morte, nem especificar se foi morto em Abu Ghraib.
Um funeral realizou-se perto de uma mesquita em Bagdade, na presença de várias centenas de combatentes do Hachd al-Chaabi.
As forças norte-americanas destacadas no Iraque e na Síria foram atacadas pelo menos 61 vezes desde meados de outubro, deixando dezenas de militares americanos com ferimentos ligeiros, segundo oficiais militares norte-americanos.
Em retaliação aos ataques, Washington bombardeou locais na Síria ligados ao Irão.
Os Estados Unidos também impuseram sanções a sete pessoas afiliadas a dois grupos armados iraquianos pró-iranianos.
Washington tem cerca de 900 soldados na Síria e quase 2.500 no Iraque que combatem a organização ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).
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