Presidência israelita alega que Macron clarificou declarações sobre a guerra 24
De acordo com a Presidência de Israel, num comunicado citado pela Agência France Presse, o chefe de estado, Isaac Herzog, saudou a conversa telefónica que permitiu a Macron “clarificar” as suas declarações.
Numa entrevista à BBC, emitida na sexta-feira à noite, o presidente francês “exortou Israel a parar” os bombardeamentos que matam civis em Gaza.
“De facto, hoje, civis estão a ser bombardeados. Estes bebés, estas mulheres, estes idosos são bombardeados e mortos”, disse.
Segundo a Presidência israelita, na conversa com o seu homólogo, Macron “deixou claro que não tinha a intenção de acusar Israel de prejudicar intencionalmente civis inocentes, no âmbito da campanha contra a organização terrorista Hamas”.
O Presidente francês, ainda de acordo com Israel, precisou que as suas declarações à BBC “diziam respeito à situação humanitária, que continua a ser uma questão importante para ele e para muitos países”.
“[Macron] Também sublinhou que apoia inequivocamente o direito e o dever de Israel se defender, e expressou o seu apoio à guerra de Israel contra o Hamas”, lê-se ainda no comunicado.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu já tinha classificado as declarações de Macron à BBC como “um erro factual e moral”, numa conferência de imprensa no sábado.
“A responsabilidade dos danos causados aos civis não deve ser imputada a Israel, mas ao Hamas”, defendeu Netanyahu.
O movimento islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como organização terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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