Encarregados de educação menos otimistas para este ano letivo

O início do ano letivo é um momento de reflexão para os encarregados de educação e tempo de olhar com uma nova perspetiva para mais uma etapa dos educandos. Este ano, 65% têm a expetativa de que este novo ano escolar vai correr melhor do que o anterior, sendo este sentimento mais marcado entre os que vivem na região Norte (69%). Contudo, esta perceção tem vindo a perder força desde 2023 (81%) e 2022 (74%)​. Os motivos para esta perspetiva são diversos, existindo vários temas que preocupam os encarregados de educação inquiridos no âmbito do Observador Regresso às Aulas 2023, um estudo conduzido pelo Cetelem – marca comercial do grupo ✅BNP Paribas Personal Finance.

💥️Preocupados com os gastos e com o ensino

Tendo em conta a atual conjuntura económica, os gastos surgem como uma das principais preocupações (41%), tendo mais expressão no 2.º ciclo (45%), secundário (45%), no ensino privado (49%) e na Região Centro (45%). Recorde-se que o gasto médio total estimado no começo das aulas é de 632€, um aumento de 107€ em relação ao ano passado. Há igualmente apreensões com o ensino, em virtude da situação dos professores, e impacto das greves no ensino (52%) – com 6 em cada 10 encarregados de educação a afirmar que o seu educando foi diretamente afetado no ano letivo anterior – mas também devido à necessidade de recuperação da aprendizagem pelos alunos (31%), às dificuldades de adaptação a uma nova escola e turma (20%) e no acompanhamento da aprendizagem (29%).

💥️Potencial violência, ✅bullying e discriminação também preocupam

As questões sociais em ambiente escolar, como a potencial violência nas escolas (45%), o ✅bullying (44%) e a discriminação (40%), estão também no cerne das preocupações dos encarregados de educação. 44% revelam estar preocupados com estas temáticas, entre os quais 24% afirmam estar muito preocupados. A preocupação com estes temas é mais elevada nos educandos que frequentam o Pré-escolar (52%) e 2.º ciclo (49%), e aparenta ser tão proeminente no ensino público como no privado (41%). 9% dos educadores afirmam ainda que o seu educando já foi alvo de ✅cyberbullying, com valores mais expressivos no 3.º ciclo (12%) e no ensino privado (13%).

💥️Cidadania é importante no plano curricular

Para os encarregados de educação, as matérias relacionadas com questões sociais, como as lecionadas em cidadania e desenvolvimento, são essenciais no plano curricular. No top 5 encontramos as questões relacionadas com a Saúde (86%), os Direitos Humanos (85%), a Sustentabilidade (82%), a Segurança (82%) e a Literacia Financeira (81%), seguindo-se temas como Empreendedorismo e Trabalho (80%), Segurança Rodoviária (79%) e Sexualidade (77%), o Voluntariado (71%), o Bem-Estar Animal (71%) ou a Igualdade de Género (68%). Já a Participação Democrática e a Literacia Mediática, temas também considerados importantes no currículo por 64% e 60%, são aqueles que os inquiridos afirmam sentir mais dificuldade em transmitir aos educandos em casa.

💥️Da tecnologia na educação aos ✅smartphones no recreio

Ainda no que diz respeito ao ensino, 47% defendem mais aprendizagem avançada no domínio tecnológico (47%) e 52% melhorias nos equipamentos das escolas. 55% dos encarregados de educação tendem também a considerar que os ✅smartphones ou ✅tablets podem ser ferramentas úteis para o ensino. No entanto, 9 em cada 10 encarregados de educação gostaria que o uso destes dispositivos tecnológicos fosse limitado na escola – dividindo-se entre os que gostariam que fosse limitado sempre, independentemente do ano escolar (39%); os que limitavam sempre, mas só até ao 9.º ano (18%) e os que limitariam apenas nas salas de aulas, mas não nos recreios (34%).

Foto: DR.

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