Escola de Ciências da Universidade do Minho promove metodologias de ensino inovadoras
“Pretendemos que os professores pensem no que fazem nas aulas e reflitam sobre a maneira como ensinam. Queremos ajudar nas metodologias de ensino e tecnologias de apoio, de modo a tentar ultrapassar problemas identificados e a aumentar a aprendizagem”, diz Rui Oliveira, que é também professor do Departamento de Biologia da ECUM e tem abordado o tema na aliança europeia Arqus.
Para envolver mais os alunos nas aulas e a sua utilização dos materiais de estudo, recorre-se, por exemplo, à plataforma ✅online Perusall, à aprendizagem baseada em equipas (✅team-based learning), à tecnologia de resposta em tempo real com telemóveis (✅audience response systems), aos questionários ✅Google Forms e a ✅quizzes interativos, entre outros.
Os docentes podem adotar estratégias de acordo com as suas matérias e turmas, substituindo a tradicional aula expositiva e pouco participada. Os alunos são incentivados a estudar as matérias antes das aulas, lendo os livros na ✅Perusall em modo colaborativo, ou seja, com perguntas, respostas e comentários entre os estudantes. As matérias podem então ser exploradas na aula com a aplicação de um teste individual, que é repetido em grupo e posteriormente discutido e resolvido pela turma e pelo docente, seguindo-se uma exposição clarificadora deste sobre a restante matéria. “Isto é a aprendizagem ativa, com metodologias para os estudantes pensarem e praticarem o que estão a aprender durante e não após as aulas. Isto implica interatividade entre professores e alunos e entre os próprios alunos”, avança Rui Oliveira.
Já com os ✅audience response systems e o ✅Google Forms, o docente expõe uma matéria e lança uma pergunta para os telemóveis dos estudantes. As respostas destes são colhidas no computador do professor, que as projeta para todos e discute-se os resultados. “Isto dinamiza muito as aulas, ajuda a quebrar barreiras psicológicas de exposição pública dos alunos com insegurança e os estudantes pensam mais na matéria”, resume. O telemóvel passa de meio de distração a “aliado”. “Os jovens recebem muita informação diária nos ✅smartphones e computadores e são pouco recetivos a permanecer parados, a ouvir uma pessoa muito tempo. Usarmos estas tecnologias deixa-os mais à vontade e aproveitamos a sua contínua apetência por informação”, realça Rui Oliveira.
💥️✅ChatGPT💥️ no mundo académico
A inteligência artificial tem sido, cada vez mais, usada em empresas e também na academia. “Quando pedimos um ensaio sobre determinado tema, o ✅chatbot ChatGPT pode cometer incorreções, porque reúne a informação disponível ✅online e há ✅sites com erros. Chega a inventar referências bibliográficas – e isso pode até ter grande eficácia como ferramenta pedagógica, incentivando os alunos a conhecerem o tema e a desenvolverem o pensamento crítico, que é a capacidade mais complexa que podemos ensinar-lhes”, refere o docente da ECUM.
Foto: UM.
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