Moscovo reivindica avanços no nordeste e míssil russo faz 2 mortos em Zaporijia 24
“Um míssil inimigo atingiu uma área aberta. Infelizmente, um homem e uma mulher foram mortos”, disse Anatoly Kurtev, secretário do conselho municipal da cidade de Zaporijia, na sua conta no Telegram, acrescentando que outra mulher ficou ferida.
“A onda de choque destruiu as janelas de torres de habitação, danificou o prédio de uma instituição educacional e um supermercado”, adiantou.
A comunicação social ucraniana divulgou imagens após o ataque, mostrando a frente de um supermercado destruído e o interior na escuridão, aparentemente devido à explosão.
De acordo com as Forças Armadas da Ucrânia, os militares russos lançaram “cinco mísseis e 19 ataques aéreos” no último dia e dispararam “30 vezes com vários sistemas de lançadores de foguetes” contra posições das tropas ucranianas e áreas povoadas.
Em Moscovo, o porta-voz da Defesa, tenente-general Igor Konashenkov, alegou que as forças russas melhoraram posições perto da cidade de Kuzemivka, na autoproclamada República Popular de Lugansk.
“Em direção a Kupiansk, as unidades de assalto ao grupo de tropas ocidentais continuaram as suas ações ofensivas perto da cidade de Kumzemivka (…) e ocuparam posições mais vantajosas”, referiu.
O Ministério russo não quantificou os avanços das forças russas em quilómetros, mas indicou que naquele mesmo setor as posições das tropas ucranianas foram atacadas com helicópteros e fogo de artilharia em vários locais.
“As Forças Armadas ucranianas perderam até 20 soldados, três veículos e um projétil”, alegou Konashenkov, reivindicando que perto da cidade de Druzhelyubivka, na região de Kharki, um depósito de munições da 43ª brigada mecanizada ucraniana foi destruído.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo alegou ainda que as frentes na região de Donetsk e na de Zaporijia, as forças russas repeliram sete ataques ucranianos nas últimas 24 horas, estimando as baixas inimigas nessas operações ofensivas em mais de 190.
O Exército russo alegou hoje que o prédio residencial em Dnipro, centro-leste da Ucrânia, que atingiu com um míssil na noite de sexta-feira ferindo nove pessoas, era um “centro de comando” das forças ucranianas.
Segundo o governador da região de Dnipropetrovsk, Serguii Lyssak, o saldo final do ataque que atingiu um complexo residencial em Dnipro é de nove feridos, incluindo duas crianças, mas ninguém com ferimentos severos.
O ataque na Ucrânia ocorreu poucas horas depois de as autoridades russas terem anunciado que dois mísseis ucranianos tinham sido intercetados sobre o sudoeste da Rússia.
A queda de destroços de um dos mísseis feriu pelo menos 16 pessoas, uma das quais com gravidade, na cidade de Taganrog, perto da fronteira ucraniana.
O líder do conselho regional de Dnipropetrovsk, Mikola Loukachouk, assegurou ainda que o complexo não estava habitado.
A ofensiva militar russa em curso no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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