Chega pede auditoria à Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional 24
“Nós estivemos a analisar bem os contratos que foram trazidos pela imprensa e também os vários relatórios do Tribunal de Contas, que já davam conta de situações suspeitas na defesa, e demos hoje entrada no Parlamento de um pedido para que quer a Direção-Geral de Recursos da Defesa, quer a IdD Portugal Defence sejam sujeitos a uma rigorosa auditoria externa com a supervisão do Tribunal de Contas”, anunciou André Ventura aos jornalistas em Torres Vedras.
O presidente do Chega, que falava à margem de uma visita à Feira de São Pedro de Torres Vedras, pediu também a audição, antes das férias parlamentares, de João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros, que tinha a pasta da Defesa nos anos 2018 a 2023 a que se reportam os factos, para apurar responsabilidades políticas.
Para o Chega, ainda “é preciso apurar se a ministra da Defesa [Helena Carreiras] tinha ou não conhecimento de muitos destes factos e porque é que decidiu manter a confiança cega no secretário de Estado, Marco Ferreira, quando já vários factos apontavam para uma zona de suspeição”.
André Ventura criticou o primeiro-ministro por alegadamente conhecer as suspeitas que envolvem o caso e não ter atuado, justificando que “quem retirou o secretário de Estado de funções foi o Ministério Público e a Polícia Judiciária”, quando fizeram buscas em casa de Marco Capitão Ferreira.
As críticas a António Costa abarcam também o questionário aos governantes sobre eventuais incompatibilidades, por ser aplicado apenas aos novos e não aos atuais, concluindo por isso que é “absolutamente inócuo e ineficaz” e que “foi apenas um instrumento para agradar ao Presidente da República e aos partidos da oposição e não serviu para mais nada”.
Para o líder do Chega, este caso “não prestigia o Governo e as instituições”,
Ao fim de 13 demissões em 15 meses de governação, o líder do Chega desafiou o primeiro-ministro a aproveitar o verão para refletir numa possível renovação do Governo em setembro, substituindo governantes que “possam estar numa situação que comprometam a autoridade e o prestígio do Governo”.
“Acho que, infelizmente, [o ministro das Finanças] Fernando Medina tem que ser substituído”, exemplificou.
“Quando isso acontecer, eu acho que nós temos condições de olhar para a frente e dizer que vamos conseguir chegar ao fim da legislatura, ou então não vamos conseguir chegar ao fim da legislatura”, afirmou André Ventura, que reiterou a intenção de apresentar uma nova moção de censura em setembro.
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