Chefe da diplomacia e segurança da UE ativou "centro de resposta a crises" 24
“Antes do Conselho dos Negócios Estrangeiros da UE, na segunda-feira, estou a coordenar a situação no seio da União Europeia e ativei o centro de resposta a crises”, afirmou Borrell na rede social Twitter.
O chefe da diplomacia europeia, que trocou “pontos de vista sobre a situação na Rússia” com os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, sublinhou que o apoio da UE à Ucrânia “continua inabalável”.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu hoje ao final da tarde as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar ao final da tarde para evitar “um derramamento de sangue”, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
Na segunda-feira, Josep Borrell vai presidir a um conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, no Luxemburgo, que deverá debater a continuação do apoio à Ucrânia, bem como as formas de responsabilizar a Rússia pela guerra e o plano de paz do presidente ucraniano, Volodymir Zelenski, entre outras questões, incluindo uma análise do episódio Wagner na Rússia.
Em particular, os ministros esperam aprovar formalmente a decisão de prolongar o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, através do qual estão a cofinanciar o envio de armas para a Ucrânia, em mais 3,5 mil milhões de euros, a preços de 2018.
Por outro lado, não está previsto que possa haver um acordo para conceder uma nova tranche de 500 milhões de euros deste fundo para a Ucrânia, de acordo com várias fontes diplomáticas e da UE, segundo a agência EFE.
No meio da crise na Rússia, a Ucrânia anunciou hoje que lançou uma nova ofensiva no leste do país para recuperar o território ocupado pelas tropas russas.
Os líderes europeus vão reunir-se em Bruxelas na quinta e sexta-feira da próxima semana, numa nova cimeira europeia prevista há meses, que encerrará a presidência rotativa sueca do Conselho da UE.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma “guerra civil”.
Ao fim do dia, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
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