Plataforma da A23 e A25 convoca tribuna para avaliar decisão sobre portagens 24
Em conferência de imprensa, o porta-voz da Plataforma, Luís Garra, informou que vão ser endereçados ofícios aos ministérios da Coesão, Infraestruturas, Finanças e Ambiente e Ação Climática, que integram o Grupo de Trabalho Interministerial responsável por entregar uma proposta, e que vai ser pedida uma reunião com essa estrutura para saber “sobre o estado das conclusões”.
Luís Garra sublinhou que o compromisso da ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, de ser conhecida a proposta do Plano de Mobilidade até ao verão significa que “é até 21 de junho” e acentuou não conhecer “as contas” mencionadas pela ministra.
“Eu não sei o que é, para a senhora ministra, uma redução significativa [do valor das portagens]”, vincou o porta-voz do grupo.
Luís Garra informou que no dia 23 vai ser promovida uma tribuna livre, na Praça do Município da Covilhã, às 17:00, aberta aos cidadãos e entidades, para “tomar posição sobre o Plano apresentado pelo Governo, se o tiver”, chamar a atenção caso o documento não seja divulgado e, se for o caso, “anunciar as ações a desenvolver”.
O responsável frisou o “êxito da Embaixada do Interior” a Lisboa, em 20 de maio, que fez o Governo pronunciar-se sobre o tema, depois de “meses em silêncio”, e sublinhou que “qualquer medida” proposta “tem de entrar em vigor no dia 01 de julho”, porque remeter para o próximo Orçamento do Estado (OE) “é enganar as pessoas”, por essa medida já constar no atual.
“O primeiro-ministro prometeu em 2015 e em 2022 eliminar as portagens e agora o que falam é em reduzir as portagens”, lamentou Luís Garra.
Ana Abrunhosa lembrou em 19 de maio ter prometido em campanha a redução das antigas Scut (vias sem custos para o utilizador) e que essa medida consta no programa do Governo e no OE deste ano, acrescentando que, caso tal não se verifique, terá de “tirar as consequências disso”, por entender tratar-se de uma promessa “tão importante”.
“Nós não queremos que a senhora ministra se demita. O que queremos é que convença o primeiro-ministro a cumprir as promessas que fizeram”, respondeu Luís Garra, questionado sobre as declarações da ministra da Coesão.
Segundo o porta-voz, o desejo da Plataforma é o de que “a senhora ministra tenha dentro do Governo a força necessária”.
“Quero acreditar que as palavras da senhora ministra são dirigidas para dentro do próprio Governo”, acrescentou Luís Garra, que alertou que o grupo não vai aceitar “uma redução pífia”.
Depois de lamentar a “falta de empenho” dos autarcas que não se envolveram na Embaixada do Interior a Lisboa, o porta-voz enfatizou que a reposição das Scut é uma medida que “promove a coesão económica, social e territorial do país” e que poderá “ajudar a travar o processo de declínio em que se encontra a região”.
O responsável referiu ainda que as reduções das portagens verificadas nas antigas Scut não se traduziram numa diminuição das receitas, mas sim num aumento desde julho de 2023.
Garra acrescentou que “os excedentes orçamentais”, como a maior cobrança de impostos por via do aumento dos preços “e da pesada carga fiscal acomodam com folga os custos da eliminação das portagens”.
O porta-voz aludiu à “derrapagem de mais de 600 milhões de euros” nas obras dos metros de Lisboa e do Porto para argumentar que o valor dos custos acrescidos em obras públicas “dariam para suportar a eliminação das portagens”.
A Plataforma P'la Reposição das Scut nas autoestradas A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda – a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.
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