Anadia comemora 25 de Abril de 1974
A Praça do Município de Anadia foi o palco principal das celebrações, que tiveram o seu início com os cumprimentos à Guarda de Honra composta por elementos do Corpo de Bombeiros Voluntários de Anadia. Seguiu-se o hastear das bandeiras, ao som do Hino Nacional pela Orquestra Ligeira de Anadia, e a solta de pombos pelo Grupo Columbófilo da Bairrada e pela União Columbófila do Cértima.
A cerimónia contou, ainda, com a presença de elementos do Destacamento de Anadia da GNR e uma grande representatividade de associações do concelho, nomeadamente desportivas, culturais e recreativas, assim como uma boa adesão de público.
A sessão solene extraordinária da Assembleia Municipal de Anadia contou com os habituais discursos pelos representantes dos partidos e movimentos independentes com assento na Assembleia, bem como pelos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal.
Na ocasião, a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, considerou que o 25 de abril de 1974 “foi, é e continuará a ser uma lição incontestável que importa passar de geração em geração, enquanto herança que pode contribuir para um país mais justo, mais próspero e mais solidário, que espera sempre mais e melhor”.
A autarca sublinhou que “a coragem, a ambição e a união de outrora são fundamentais para ultrapassar as muitas dificuldades que estamos a viver, tanto a nível regional como nacional”, acrescentando que “a inflação, guerra, juros, crise, instabilidade e seca, são palavras que ouvimos diariamente e que nos deixam preocupados e receosos”.
Maria Teresa Cardoso aproveitou para enaltecer as empresas do concelho que, no seu entender, “merecem ser publicamente reconhecidas, pelo esforço que têm feito para se manterem ativas e pela adaptação a todas as circunstâncias, apesar das muitas dificuldades sentidas”, referindo ainda que, dos 11 concelhos que integram a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, “Anadia é o que apresenta uma menor taxa de desemprego”.
Finalizou a sua intervenção considerando que “se cada um de nós fizer o que está ao seu alcance por um concelho melhor e por um país melhor, o pouco poderá transformar-se em muito e fazer igualmente diferença na vida de muitas pessoas”.
A sessão terminou com a intervenção do presidente da Assembleia Municipal, Manuel Pinho, que considerou que, após quase meio século de liberdade, “assistimos e vivemos tempos de incertezas e inquinamentos na sociedade e da sociedade, cuja arquitetura está debilitada”, sublinhando que “a cegueira ideológica tem justificado medidas e comportamentos arrogantes e sobranceiros que têm penalizado o país em detrimento da luta contra as iniquidades e o empobrecimento”.
Manuel Pinho manifestou-se, ainda, preocupado com o que se está a passar em algumas áreas da sociedade, nomeadamente na Educação, Saúde, Justiça, Ação Social, Imigração, Economia e na política.
Foto: CMA.
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