Portugal e EUA assinaram acordo para aprofundarem cooperação em África 24
O memorando entre o Camões — Instituto da Cooperação e da Língua e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) permitirá “projetar cada vez mais este trabalho em conjunto”, salientou em declarações à Lusa o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André.
“O objetivo é alinhar as nossas prioridades e objetivos em matéria de desenvolvimento, de combate à pobreza e de criação de ferramentas e mecanismos de desenvolvimento sustentável em países onde ambas as agências de cooperação já estão presentes e têm equipas no terreno”, resumiu o secretário de Estado.
Moçambique, que é o maior parceiro financeiro da cooperação portuguesa para o desenvolvimento, é um dos países onde será operacionalizado este memorando, “no início com alguns projetos-piloto em áreas comuns, como a proteção do ambiente, a igualdade de género, mas também as áreas do desenvolvimento humano, como a educação e a saúde”, adiantou.
O secretário de Estado salientou que a nova estratégia portuguesa de cooperação até 2030 assenta em parcerias, porque “nenhum país tem os instrumentos necessários para responder sozinho aos problemas globais e, portanto, é preciso aumentar cada vez mais esta capacidade de trabalho”.
O acordo hoje assinado, como outros, um recente assinado com a Coreia do Sul, referiu o secretário de Estado, permitem alargar o raio de ação e os países destinatários da cooperação e “criar cada vez mais sinergias”.
A assinatura deste memorando é também, considerou Francisco André, o “reconhecimento da capacidade da cooperação portuguesa, o reconhecimento da forma como atinge os objetivos no terreno e junto dos países com quem trabalha”.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros está em Washington para participar nas reuniões de Primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que decorrem esta semana.
Nesse contexto, teve contactos com vários dos dirigentes da estrutura do Banco Mundial, com quem insistiu na necessidade de trabalhar cada vez mais em conjunto “somar a capacidade de resposta, mecanismos, meios financeiros, recursos humanos” para responder as grandes necessidades dos países em desenvolvimento.
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