Atirador de Hamburgo foi membro das Testemunhas de Jeová

O autor do ataque que matou sete pessoas em uma sala de reuniões de Testemunhas de Jeová em Hamburgo era um ex-membro da comunidade. A informação foi revelada em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (10/03) pelo governo e pela polícia de Hamburgo.

Andy Grote, secretário do Interior de Hamburgo, informou que, de acordo com a polícia, a oitava vítima é o atirador, que cometeu suicídio após o ataque. Outros seis mortos (quatro homens e duas mulheres) tinham entre 33 anos e 60 anos de idade e um era um feto de sete meses – a mãe sobreviveu. Além disso, oito pessoas ficaram feridas, quatro delas com gravidade, e 20 saíram sem ferimentos.

A polícia acredita que o perpetrador, identificado como Philipp F., tenha agido sozinho. Na noite de quinta-feira surgiram indícios de um segundo possível autor do crime, motivo pelo qual os policiais realizaram buscas com barcos e helicópteros e bloqueios de estradas. As suspeitas, porém, não se confirmaram, de acordo com a polícia.

A polícia trata o caso como um ato de homicídio e diz não haver indícios de ter sido um ataque terrorista.

De acordo com a polícia, a princípio, Philipp F. sofre de possíveis transtornos psicológicos. Em janeiro, a polícia recebeu uma carta anônima solicitando a revisão de seu porte de arma, alegando que Philipp F. sofria de uma doença mental e estava particularmente irritado com tudo o que é religioso – especialmente as Testemunhas de Jeová, comunidade que deixou por vontade própria, mas descontente.

O homem de 35 anos tinha a posse legal da pistola semiautomática desde dezembro. Uma inspeção policial sem aviso prévio, no entanto, não indicou nada que confirmasse as informações da carta anônima, de acordo com o chefe de polícia, Ralf Martin Meyer, que também participou da coletiva.

A arma estava guardada em um cofre, e Philipp F. se mostrou compreensivo quando dois policiais o avisaram sobre um projétil que estava fora do cofre.

"As opções legais dos oficiais se esgotaram", disse Meyer, ressaltando que, com base nos resultados da inspeção, não havia razão para outras medidas na época.

Grote e Meyer destacaram na coletiva que a ação rápida dos agentes de polícia evitou que a tragédia fosse ainda maior: quatro minutos após as primeiras chamadas para os serviços de emergência, os primeiros policiais chegaram ao prédio onde ocorreu o ataque.

A polícia e os bombeiros receberam as primeiras chamadas de emergência às 21h04 de quinta-feira, relatando tiros em uma sala onde ocorria um evento das Testemunhas de Jeová desde às 19h. No total, foram quase 50 pedidos de ajuda.

De acordo com as investigações iniciais, Philipp F. entrou pelo lado norte do prédio. No estacionamento, atirou dez vezes contra o carro de uma mulher que estava manobrando – mas que escapou com ferimentos leves. O chefe da Polícia de Proteção, Martin Tresp, disse que houve "tiros permanentes" enquanto Philipp F. entrava no prédio.

Por volta das 21h11, as forças da unidade de apoio para operações policiais especiais (USE, na sigla em alemão) conseguiram acesso ao prédio. Philipp F. então fugiu para o primeiro andar, onde, segundo a polícia, cometeu suicídio.

A USE ainda é relativamente jovem. Criada em outubro de 2023, ela é especialmente treinada para lidar com ataques homicidas e atos de terrorismo.

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