PM reformado e outros dez suspeitos de participarem de esquema de compra de votos em Três Rios vão passar por audiência de custó

Delegacia de Três Rios, RJ — Foto: Valber Matias/TV Rio Sul 1 de 1 Delegacia de Três Rios, RJ — Foto: Valber Matias/TV Rio Sul

Delegacia de Três Rios, RJ — Foto: Valber Matias/TV Rio Sul

O policial militar reformado, 💥️Carlos Augusto da Silva, e as outras dez pessoas presas na quarta-feira (5) por suspeita de participarem de um esquema de compra de votos em Três Rios (RJ) vão passar por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (6), na Fórum da cidade.

Segundo o delegado de Três Rios, Cláudio Batista, o PM reformado sairá do 38° Batalhão de Polícia Militar, onde está acautelado. Já as outras dez pessoas, incluindo a companheira dele, sairão da delegacia de Três Rios.

A previsão é de que a audiência de custódia comece a partir de 14h. Na audiência, será definido se os suspeitos vão responder pelo crime de compra e venda de votos em regime aberto ou fechado. A pena pode chegar a quatro anos de prisão.

Segundo as denúncias, Carlos Augusto, que é ex-vereador, seria o interlocutor entre os candidatos beneficiados e as pessoas que aceitaram vender seus votos. Em 2005, ele foi preso acusado de fazer parte da chamada quadrilha da farda, que esteve envolvida em homicídios, tráfico de drogas e roubo de cargas.

Na quarta-feira, a Justiça Eleitoral determinou a busca e apreensão na casa do militar reformado. Quando a Polícia Militar chegou ao local, encontrou várias pessoas revoltadas com o fato de o PM reformado não ter pago o dinheiro referente a compra de votos na eleição do último domingo (2).

No imóvel, os agentes encontraram R$ 18 mil, que seriam para pagar os votos comprados, e títulos de eleitores, além de anotações com informações sobre os acordos.

Ainda na operação, foram encontrados santinhos dos candidatos Marcos Tavares (PDT-RJ), eleito deputado federal, e Fabrício Baião (Podemos-RJ), que não conseguiu se eleger como deputado estadual.

Baião foi prefeito de Sapucaia (RJ) de 2016 a 2023. Ele também foi vereador por dois mandatos, eleito em 2004 e reeleito em 2008.

Em um vídeo, é possível ver moradores cercando o PM reformado para reclamar da quebra do acordo. Em áudios, alguns moradores ameaçaram agredir e destruir bens do policial.

Segundo a legislação eleitoral, a tentativa de influenciar a vontade do eleitor, com a compra de votos, é crime eleitoral que pode ser punido com a cassação do registro ou do diploma do candidato envolvido, além de multa e da inelegibilidade do político por oito anos.

O eleitor que aceita vender seu voto também pode ser preso por até 4 anos.

O PDT alegou que a assessoria do deputado Marcos Tavares é quem deveria responder sobre o caso.

Em nota, a assessoria de Tavares disse que ele não tem qualquer ciência dos fatos que não dizem respeito a sua campanha.

Afirmou também que o deputado não é alvo de investigação de qualquer operação e que a base eleitoral dele é na Baixada Fluminense. Alegou ainda que, nesta eleição, Tavares não esteve em Três Rios e reforçou que ele é advogado e não compactua com qualquer ilegalidade.

O Podemos, partido de Fabrício Baião, disse que repudia totalmente a atitude e que não compactua com o ato repugnante e antidemocrático.

Em nota, Baião se colocou à disposição da Justiça e disse "que nunca houve qualquer tratativa com o sargento reformado Carlos Augusto em relação a compra de votos ou qualquer outro tipo de conduta ilícita".

Afirmou ainda que o militar reformado "foi um dos auxiliares de minha campanha, não tendo recebido nada em troca além do compromisso de que o apoiaria nas eleições municipais". Sobre Marcos Tavares, Baião disse que ele "não tem relação nenhuma com o sargento Carlos Augusto".

Até a publicação desta reportagem, nenhum advogado havia comparecido à delegacia de Três Rios para defender o PM reformado.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que a 7ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) foi acionada para acompanhar a ocorrência.

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