Comércio brasileiro aposta na Copa do Catar para alavancar vendas, mas expectativa barra em juros altos
O comércio brasileiro se prepara para alavancar o faturamento com a proximidade da Copa do Mundo de 2022, que acontece no Catar a partir de novembro. Estimativa divulgada nesta quinta-feira (6) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), prevê aumento de 7,9% nas vendas na comparação com o volume registrado em 2018, durante o mundial sediado pela Rússia.
De acordo com a CNC, o mundial dever movimento R$ 1,48 bilhões, o que corresponde a R$ 110 milhões a mais que o montante apurado durante a Copa do Mundo de 2018. A "projeção conservadora", conforme foi classificada pela entidade, se deve à alta dos juros no país, atenuada pela menor taxa de câmbio.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, embora tímida, a alta nas vendas deve ser comemorada pelos lojistas.
Mais de 1/3 do faturamento total previsto para o comércio com a Copa do Mundo deve partir, segundo as estimativas da CNC, das vendas no segmento de móveis e eletrodomésticos, com previsão de R$ 544,5 milhões em vendas. Em seguida vem o segmento de eletroeletrônicos e artigos pessoais, somando R$ 332,6 milhões.
A principal aposta do comércio, segundo a entidade, está na venda de Smart TVs. As importações do aparelho triplicaram em setembro, na comparação com igual período do ano passado.
Isso porque, em setembro, foi observado aumento de 6,7% na pesquisa por modelos de TVs smart em lojas on-line, em comparação com agosto. Antes do campeonato de 2014, realizado no Brasil, as buscas foram 6,3% maiores e, em 2018, cresceram 5,3%.
“A busca na internet costuma acelerar três meses antes do Mundial e, neste ano, como o campeonato será realizado a menos de uma semana da Black Friday, as compras devem ocorrer mais perto do próprio evento”, destacou Bentes.
O economista destacou, ainda, que o preço das smart TVs vem caindo ao longo do ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado indicador oficial da inflação no país, aponta para uma queda de 3,2% no preço médio dos aparelhos entre janeiro e agosto deste ano.
A redução dos preços, segundo Bentes, persistiu em setembro. Os valores cobrados pelas TVs entre 40” e 49” caíram 5,8% na comparação com abril, passando de R$ 1.963 para R$ 1.849, em média. Jás as TVs menores, de até 39”, tiveram redução menor, de 4,8%, passando de R$ 1.159 para R$ 1.103. Apenas os modelos com telas superiores a 50” apresentaram aumento no período, passando de R$ 2.413 para R$ 2.526, o que representa alta de 4,7%.
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