Incerteza do retorno dos recursos bloqueados torna a situação mais caótica nas universidades, diz Andifes
Na tarde desta quinta-feira (6), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) voltou a alertar sobre os riscos do bloqueio de R$ 328 milhões das universidades federais.
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Para Ricardo Marcelo Fonseca, presidente da entidade, ficar dois meses com a verba contingenciada já é preocupante, mas a incerteza de que o recurso seja devolvido em dezembro torna a situação caótica.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que a verba será restabelecida em 1º de dezembro. A Andifes diz que o informe enviado aos reitores não é tão assertiva.
1 de 1 Fachada Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFTM Uberaba — Foto: UFTM/Divulgação
Fachada Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFTM Uberaba — Foto: UFTM/Divulgação
A Associação prevê que todas as universidades federais vão sofrer com o impacto do bloqueio da verba, que pode acarretar cortes na limpeza, restaurante, luz, água e bolsas estudantis.
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O governo anunciou, no fim de setembro, um bloqueio no Orçamento da União de R$ 2,6 bilhões, mas não detalhou quais ministérios sofreram o contingenciamento.
De acordo com a Andifes, o Ministério da Educação informou que o bloqueio total para a educação foi de R$ 1 bilhão. Especificamente para a educação superior, é de R$ 328 milhões.
Esta é a segunda vez no ano que o governo compromete o orçamento do ensino superior. Em maio, foi anunciado um corte de 14,5% da verba das universidades e institutos federais, que correspondia a R$ 3,2 bilhões. Após a repercussão da decisão, o MEC informou que o governo voltou atrás e reduziu o corte em 50% do total anunciado, firmado em R$ 1,6 bilhões.
Agora, a preocupação dos reitores é que um bloqueio tão próximo do fim do ano comprometa a integridade das atividades das instituições.
Ricardo Fonseca espera que a entidade consiga negociar o bloqueio com o ministro, Victor Godoy, para amenizar os riscos do bloqueio do valor. "Sem isso, não sabemos como as universidades vão pagar as contas de outubro e novembro", finaliza.
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