Primeiro debate do 2º turno para governo de São Paulo reúne Tarcísio e Haddad

Os candidatos ao governo de SP Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante debate da Band — Foto: Reprodução/Redes sociais 1 de 1 Os candidatos ao governo de SP Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante debate da Band — Foto: Reprodução/Redes sociais

Os candidatos ao governo de SP Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante debate da Band — Foto: Reprodução/Redes sociais

Os dois candidatos que disputam o governo do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT), participaram na noite desta segunda-feira (10) do primeiro debate do segundo turno das eleições. O encontro foi realizado pela Band, na Zona Sul da capital paulista.

A mediação foi feita pelo jornalista Rodolfo Schneider.

A estratégia dos dois foi similar. Ambos priorizaram as citações a seus padrinhos políticos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT), como quando o chamado "orçamento secreto", um tema da esfera federal, foi abordado.

De acordo com a pesquisa Datafolha mais recente, encomendada pela "Folha de S.Paulo" e pela 💥️Globo e divulgada em 7 de outubro, Tarcísio lidera a corrida com 55% das intenções de votos válidos. Haddad tem 45%. Ao fim do primeiro turno, o candidato do Republicanos teve 42,3% dos votos válidos, e o petista, 35,7%.

💥️Regras do debate:

No início do encontro, os candidatos responderam a uma mesma pergunta, feita pelo mediador: se pretendem manter a redução do ICMS sobre o valor de combustíveis no próximo ano.

Tarcísio de Freitas : "Essa redução de ICMS foi uma briga comprada pelo presidente Bolsonaro, era pra aliviar o cidadão, pra aliviar o produtor. Teve efeito porque a gente percebe a inflação já reduzindo de forma significativa. As previsões já dão conta que a inflação deve terminar o ano de 2022 na casa dos 5,5%, 5,8%, o que representa uma inflação menor do que Estados Unidos, países da Zona do Euro e Reino Unido. E o que isso significa pra quem está nos assistindo? Significa que a comida vai chegar mais barata na mesa. Significa que os produtos vão chegar mais barato. E a gente já está começando a perceber a redução dos preços na cesta básica. Ou seja, a redução do combustível já está surtindo esse efeito. E nós nos comprometemos a manter essa redução do ICMS. Não só a redução do ICMS do combustível, mas também alongar os prazos de pagamento do ICMS pro pequeno empreendedor. Nós vamos reduzir o ICMS na aquisição de bens de capital. Nós vamos reduzir a alíquota pra tornar o estado de São Paulo mais competitivo. Porque isso vai gerar emprego e a gente quer os pais de família trabalhando, a gente quer fazer a diferença. Então parabéns ao governo Bolsonaro por essa importante iniciativa".

Fernando Haddad: "Na verdade, depois de quatro anos esfoliando os consumidores brasileiros com aumentos sucessivos da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, por desespero, o governo Bolsonaro, às vésperas da eleição, resolve fazer caridade com o chapéu alheio. Tomou dinheiro dos governadores para abaixar durante as eleições o preço do combustível. Prometeu ao Congresso que reporia esse dinheiro e vetou o dispositivo que previa a reposição. E agora o Congresso vai derrubar o veto do Bolsonaro porque a promessa foi reduzir o imposto, mas sem prejudicar a Saúde e a Educação, que recebe a maior parte da arrecadação de ICMS. E a resposta, objetivamente: eu vou manter a alíquota do ICMS e vou lutar junto a todos os governadores para que o veto do Bolsonaro, que foi um cumprimento do acordo feito com o Congresso Nacional, seja definitivamente derrubado. Mas vou lutar por mais, vou lutar para que o presidente Lula, empossado o presidente, enfrente o lobby dos acionistas estrangeiros da Petrobras. Eles não podem ter mais de R$ 100 bilhões de reais de lucro às custas do consumidor brasileiro".

Na parte final do programa, cada candidato pôde fazer suas considerações finais.

Fernando Haddad: "Eu agradeço muito a oportunidade da rede Bandeirantes nos deu a mim e a ele [Tarcísio], de apresentar as nossas ideias, na nossa visão de mundo. No fundo, o que a gente quer é que as pessoas nos conheçam um pouco mais, conheçam as soluções que a gente tem a apresentar para vocês, uma vez que nós estamos vivendo um momento em que tem muita gente sofrendo, que precisa de um atendimento prioritário. Nós não falamos de vários temas muito importantes aqui, teremos oportunidade nesse segundo turno de desenvolver e detalhar melhor. Não falamos da explosão do número de pessoas em situação de rua no estado de São Paulo. É um problema de uma escala que o governador precisa assumir a responsabilidade. Parar de ficar jogando a responsabilidade no colo do prefeito, chamar no Palácio dos Bandeirantes, conversar, ter parceria com o prefeito e com o presidente da República, ter as portas do Palácio do Planalto abertas para a gente levar as nossas reivindicações justas sempre com transparência, sempre com objetividade, sempre com a população acompanhando os nossos passos, sem decretos secretos, sem nada disso. A gente pode viver num mundo mais transparente. O dinheiro sai daí, de uma política econômica correta, da atenção aos mais pobres, às famílias que mais precisam e dar bom uso, bom trato da coisa pública com muita transparência. Eu peço que você acompanhe os debates do segundo turno, que eu tenho certeza que, no final do mês, você vai chegar à melhor conclusão para você e para sua família".

Tarcísio de Freitas : "[Quero] agradecer principalmente você que está em casa, que nos acompanhou. Eu não sou político profissional, não sou um teórico, sou engenheiro, mão na massa, passei minha vida toda trabalhando pra fazer infraestrutura, aprendi muito com os mais simples, é pelos mais simples que eu quero trabalhar. Nosso programa de governo está muito bem construído e vai focar principalmente o social. Vamos cuidar das pessoas em situação de rua com um grande programa habitacional, aumentando muito a quantidade de habitações que serão produzidas. Habitação de interesse social que é o que a nossa população está precisando. Vamos olhar para aqueles pacientes, o doente renal crônico do fundo do Vale do Paraíba, que está precisando fazer hemodiálise em Guarulhos porque não tem Santa Casa à disposição, porque não tem o Frei Galvão lá em condições de atender a demanda. Vamos olhar pro paciente de câncer que está saindo lá de Presidente Prudente porque o hospital não está funcionando dentro da sua característica, dentro da sua plenitude, para viajar para Jaú ou para Barretos para fazer quimioterapia. Vamos olhar pro jovem, que eu quero que o jovem tenha perspectiva, eu quero que o jovem tenha o a porta do mercado de trabalho aberta e nós vamos fazer isso com o programa de aprendiz. Nós vamos ajudar a combater as enchentes e vamos olhar pras cidades onde está faltando água. Segurança hídrica é fundamental, e eu quero que a água chegue mais barato na torneira do cidadão. É com isso que eu estou preocupado. Portanto, dia 30, vote Tarcísio, governador, 10, e Bolsonaro, presidente, 22".

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