Rússia afirma que prendeu responsáveis por destruição da ponte da Crimeia

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) informou nesta quarta-feira (12) que prendeu cinco russos e três cidadãos da Ucrânia e da Armênia pela explosão que destruiu a ponte da Crimeia no último sábado (8), informou a agência estatal Interfax.

O FSB disse que a explosão foi organizada por uma equipe de inteligência ligada ao Ministério da Defesa ucraniano.

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Explosões destroem parte da única ponte entre Rússia e Crimeia neste sábado (8) — Foto: AP Photo 1 de 4 Explosões destroem parte da única ponte entre Rússia e Crimeia neste sábado (8) — Foto: AP Photo

Explosões destroem parte da única ponte entre Rússia e Crimeia neste sábado (8) — Foto: AP Photo

A única ponte que liga a Rússia à península ucraniana da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, foi inaugurada em 2018 por ordem do presidente Vladimir Putin. Era estratégica para os russos nos conflitos contra a Ucrânia.

Segundo autoridades de Moscou, o incidente ocorreu após uma bomba ser detonada dentro de um caminhão, incendiando sete tanques de um trem que transportava combustível.

Ainda de acordo com os russos, três pessoas morreram pelas explosões.

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Fumaça preta cobre a única ponte entre a Rússia e a região da Crimeia após explosões atingirem a estrutura viária no dia 8 de outubro de 2022 — Foto: AFP 2 de 4 Fumaça preta cobre a única ponte entre a Rússia e a região da Crimeia após explosões atingirem a estrutura viária no dia 8 de outubro de 2022 — Foto: AFP

Fumaça preta cobre a única ponte entre a Rússia e a região da Crimeia após explosões atingirem a estrutura viária no dia 8 de outubro de 2022 — Foto: AFP

A Ucrânia não confirmou oficialmente seu envolvimento na explosão, mas algumas autoridades ucranianas comemoraram os danos.

Em represália, as forças russas lançaram ataques de mísseis em massa contra diversas cidades ucranianas. Putin admitiu que os ataques foram uma retaliação à explosão da ponte da Crimeia.

A ponte é uma das maiores de uso duplo da Europa (rodoviário e ferroviário), com 19 km de extensão. A via atravessa o estreito de Kertch, entre o mar de Azov e o mar Negro, e une a península de Kertch, na Crimeia, à região de Taman, no sul da Rússia.

Além de ser um símbolo de prestígio da anexação da península por Moscou – ato considerado ilegal pela comunidade internacional –, a ponte rodoviária e ferroviária vinha sido usada para transportar equipamentos militares para as forças armadas russas.

Localização da ponte entre a Rússia e Crimeia — Foto: Arte/g1 3 de 4 Localização da ponte entre a Rússia e Crimeia — Foto: Arte/g1

Localização da ponte entre a Rússia e Crimeia — Foto: Arte/g1

Em entrevista à GloboNews, o professor Vitelio Brustolin, pesquisador da Universidade de Harvard, afirmou que a ponte tem uma função logística crucial no conflito entre os dois países.

"Em 24 de fevereiro, logo no início da ofensiva, essa ponte transportou tropas muito rapidamente e que tomaram a região de Kherson, em março. A ponte transporta 80% das tropas e do material bélico utilizado no sul da Ucrânia, que é justamente uma das áreas que vêm sofrendo um contra-ataque forte nesse momento”, explicou.

O Kremlin disse nesta quarta-feira (12) que não há uma "nova onda" de homens sendo convocados para o exército, apesar de algumas autoridades regionais relatarem que estão intensificando os esforços de mobilização nesta semana.

Militar russo se dirige a reservistas em um ponto de encontro na cidade de Volzhsky, na Rússia — Foto: Reuters/Divulgação 4 de 4 Militar russo se dirige a reservistas em um ponto de encontro na cidade de Volzhsky, na Rússia — Foto: Reuters/Divulgação

Militar russo se dirige a reservistas em um ponto de encontro na cidade de Volzhsky, na Rússia — Foto: Reuters/Divulgação

O Ministério da Defesa disse que mais de 200.000 foram convocados nas primeiras semanas depois que o presidente Vladimir Putin anunciou uma mobilização parcial de reservistas para lutar na Ucrânia.

Autoridades de duas regiões diferentes disseram nesta semana que receberam novas ordens para mobilizar tropas, levantando temores de que uma segunda onda de homens possa ser convocada para servir no exército.

O governador da região de Rostov, na Rússia, disse que recebeu uma "nova missão de mobilização", enquanto o vice-chefe da região de Kursk foi citado dizendo que recebeu um "segundo" alvo de mobilização.

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