Consignado do Auxílio Brasil: veja os juros cobrados pelos bancos que oferecem o empréstimo

No total, 12 instituições financeiras, incluindo a Caixa Econômica Federal, estão autorizadas a realizar empréstimos consignados aos beneficiários do Auxílio Brasil, assim como para aqueles que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC), desde segunda-feira (10).

Alguns dos bancos habilitados, no entanto, informaram que não darão continuidade à operação, ainda não disponibilizaram ou ainda estão estudando como será a oferta.

De acordo com a portaria do Ministério da Cidadania, o limite de juros a ser cobrado é de 3,5% ao mês. Porém, cada instituição financeira pode adotar taxas menores, dependendo da negociação com o tomador do empréstimo.

Confira, abaixo, que taxas de juros são oferecidas pelas instituições, e como o consignado pode ser solicitado:

💥️Caixa Econômica Federal

Desde terça-feira (11), a Caixa oferece o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil com juros de 3,45% ao mês. O pedido pode ser feito por meio do aplicativo Caixa Tem - acessando a opção “Empréstimos” > “Simular e Contratar” > “Empréstimo Consignado” - e nos mais de 26 mil pontos de atendimento presencial da instituição, como agências, correspondentes bancários e lotéricas.

💥️Pintos S/A Créditos

A Pincred, Pintos SA CFI iniciou na terça-feira (11) as primeiras operações da modalidade de empréstimo. De acordo com a instituição, a taxa de juros para o empréstimo é de 2,89% ao mês, e o contrato só pode ser feito presencialmente.

💥️QI Sociedade de Crédito Direto S/A

Pelo site da instituição, é informado que as taxas de juros para contrato são a partir de 3,39% ao mês. O produto já está sendo disponibilizado pela QI Tech em parceria com a fintech Meutudo. Ainda no site, é possível utilizar um simulador para saber quais os valores serão recebidos.

💥️Outros bancos

O 💥️Banco Pan informou que não está aceitando novas propostas, apenas fazendo análise de crédito para pré-cadastrados e enviando propostas aos clientes pré-aprovados. Já o 💥️Banco Daycoval S/A disse que decidiu não iniciar prontamente a operação de crédito, uma vez que a ativação do produto exige a realização de ajustes sistêmicos não previstos.

A 💥️Facta Financeira S/A Crédito, Financiamento e Investimento informou que vai cancelar operações ativas da modalidade e não irá acatar novas propostas até definição de pendências sobre o produto.

Tanto o 💥️Banco Agibank S/A como o 💥️Banco Safra S/A informaram ao 💥️g1 que ainda analisam se vão oferecer esse tipo de empréstimo.

As demais instituições financeiras habilitadas -- 💥️Banco Crefisa S/A; 💥️Capital Consig Sociedade de Crédito Direto S/A; Valor Sociedade de Crédito Direto S/A e 💥️Zema Crédito Financiamento e Investimento S/A -- não haviam fornecido as informações para a reportagem até a última atualização desta matéria.

De acordo com o Ministério da Cidadania, o valor máximo que poderá ser contratado será aquele em que as parcelas comprometam até 40% do valor mensal do benefício. Mas em vez de ser considerado o valor mínimo atual do benefício de R$ 600, que só vale até dezembro, valerá o de R$ 400. Assim, o valor da parcela será de no máximo R$ 160.

O número máximo de parcelas será de 24, e a taxa de juros não poderá ser superior a 3,5% ao mês. Cada instituição financeira pode adotar taxas menores, dependendo da negociação com o tomador do empréstimo.

É obrigatório informar a taxa de juros aplicada e o custo efetivo do empréstimo no momento da contratação.

É proibida a cobrança da Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e de outras taxas administrativas e também o estabelecimento de prazo de carência para o início do pagamento das parcelas.

De acordo com as regras, se o benefício for cancelado, o empréstimo não será cancelado. Ou seja, mesmo se deixar de receber o Auxílio Brasil, o beneficiário precisa se organizar para pagar todos os meses o empréstimo até o final do prazo do contrato, depositando na sua conta o valor da parcela.

No momento da celebração do empréstimo, a instituição financeira deverá informar ao beneficiário:

A oferta de crédito consignado por meio do Auxílio Brasil tem sido criticada por especialistas e entidades. Eles alegam que a medida pode ser danosa à população, porque os recursos do programa de transferência de renda costumam ser utilizados para gastos básicos de sobrevivência.

Com o empréstimo, no entanto, o cidadão pode ter até 40% do benefício descontado antes do pagamento. Bancos privados já teriam manifestado ausência de interesse em operar a linha de crédito.

Fazer um empréstimo consignado ligado ao Auxílio Brasil pode valer a pena para quem tem alguma necessidade urgente e inadiável – mas não para pagar as contas do dia a dia, ou para fazer compras desnecessárias.

Isso porque o crédito pode comprometer a renda disponível do beneficiário por um longo prazo. Assim, pode faltar dinheiro por vários meses para fazer gastos essenciais, como alimentação.

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