Número de moradores em situação de rua registrados no CadÚnico sobe 13% no estado de SP entre 2023 e 2022, diz estudo

O número de pessoas em situação de rua registradas no Cadastro Único (CadÚnico), do governo federal, no estado de São Paulo cresceu 13% entre 2023 e setembro de 2022, segundo estudo feito pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua da Universidade Federal de Minas Gerais (POLOS-UFMG).

De acordo com o levantamento, em 2023 ao menos 75,8 mil famílias em situação de rua estavam cadastradas no Ministério da Cidadania para recebimento de programas sociais. Esse número passou para 85,9 mil em setembro de 2022, segundo os pesquisadores da universidade.

Nos cálculos do observatório da UFMG, o estado de São Paulo concentra quatro em cada dez das 213,3 mil pessoas em situação de rua no país que atualmente fazem parte do CadÚnico.

Só na cidade de São Paulo são 48,6 mil pessoas cadastradas, registrando alta de cerca de 10% em relação aos 44,3 mil de 2023.

Morador de rua dorme embaixo de marquise no Centro de São Paulo em janeiro de 2022 — Foto: Priscila Nolasco/Futura Press/Estadão Conteúdo 1 de 1 Morador de rua dorme embaixo de marquise no Centro de São Paulo em janeiro de 2022 — Foto: Priscila Nolasco/Futura Press/Estadão Conteúdo

Morador de rua dorme embaixo de marquise no Centro de São Paulo em janeiro de 2022 — Foto: Priscila Nolasco/Futura Press/Estadão Conteúdo

O número, segundo os pesquisadores, apresenta uma defasagem em relação aos censos de população de rua realizados pelos municípios, uma vez que há boa parte de moradores de rua que não têm acesso ao cadastro e, portanto, não recebem nenhum auxílio público estatal.

André Dias, coordenador do POLOS-UFMG, ressalta que os municípios enfrentam dificuldades há vários anos para realizar novos cadastros no CadÚnico entre moradores em situação de rua, especialmente entre 2023 e 2023, durante a pandemia.

Em 2023, por exemplo, 33% das pessoas que viviam na rua não estavam no CadÚnico, segundo outro estudo do POLOS-UFMG.

“Se novas ações de reintegração de posse, se novos despejos ocorrerem no Brasil a partir do próximo ano, o contingente de pessoas que serão jogadas nas ruas da cidade [de São Paulo] vai crescer significativamente. Nós sabemos que a pandemia vai acabar, mas a condição de miséria e de pobreza vivida por essas pessoas não acabará tão facilmente”, afirmou Dias ao 💥️SP1.

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